YouTube oculta contagem dos “não gostos” mas mantém botão na plataforma

A decisão da empresa surge após uma experiência realizada há alguns meses com esta funcionalidade para perceber se as alterações podem ajudar a reduzir o assédio contra criadores.

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Reuters/Dado Ruvic

A plataforma de vídeos YouTube vai deixar de ter visível o número de “não gostos”, embora o botão não desapareça. A alteração está a ser aplicada gradualmente desde quarta-feira e pretende proteger os criadores de conteúdo contra o assédio.

A decisão da empresa surge após uma experiência realizada há alguns meses com esta funcionalidade para perceber se as alterações podem ajudar a “reduzir os ataques que alguns utilizadores organizam para aumentar o número de ‘não gostos’ em determinados vídeos”.

Nesta experiência, a rede social “escondeu” este botão, embora os utilizadores pudessem continuar a ver e usar a funcionalidade. O YouTube observou que, como não estava visível o número de “não gostos”, o botão foi menos usado.

“Detectámos uma diminuição na utilização desse botão com a intenção de atacar um ‘youtuber'”, pode ler-se numa publicação no blogue oficial do Youtube.

A rede social recebeu ainda comentários de pequenos criadores de conteúdos, ou recém-chegados, a revelarem que eram vitimas de “aqueles comportamentos injustamente” e que os dados da experiência “confirmaram que, de facto, este tipo de práticas afecta estes canais em maior dimensão”.

Os criadores de conteúdos podem continuar a ver o número exacto de “não gostos” através do YouTube Studio, juntamente com outras estatísticas sobre o desempenho da sua publicação.

Já os utilizadores podem continuar a usar o botão para, entre outras coisas, indicarem aos criadores o que acharam de um vídeo em particular.

“Estamos cientes que talvez nem todos os utilizadores concordam com esta medida, mas acreditamos que esta vai beneficiar a plataforma como um todo”, destaca ainda a empresa.

O YouTube pretende criar “um espaço inclusivo e respeitoso onde os criadores tenham a oportunidade de prosperar e de se sentirem confiantes para expressarem as suas ideias”. “Este é apenas um dos muitos passos que estamos a tomar para continuar a proteger os criadores de assédio”, concluiu.

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