Operação Miríade: prisão preventiva para dois dos 11 arguidos envolvidos no tráfico de diamantes, ouro e droga

Ao todo, no âmbito da Operação Miríade, a Polícia Judiciária deteve 11 pessoas. Entre os arguidos, estão militares, ex-militares, nomeadamente comandos, um agente da PSP, dois militares da GNR e um advogado.

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Apenas cinco dos 11 arguidos terão prestado declarações ao juiz Carlos Alexandre no primeiro interrogatório judicial, os restantes, incluindo o alegado líder, Paulo Nazaré, remeteram-se ao silêncio NUNO FERREIRA SANTOS

O juiz de Instrução Criminal Carlos Alexandre decidiu que dois dos arguidos acusados de pertencer à rede que se dedicava ao tráfico de diamantes, ouro e droga, assim como ao branqueamento de capitais, em missões da ONU na República Centro-Africana, ficam em prisão preventiva. 

Foram ainda aplicadas medidas de suspensão do exercício de profissão a quatro arguidos e proibições de contactos e de se ausentar do país a oito. Há nove que ficaram obrigados a apresentações periódicas.

Não foram divulgados os nomes dos arguidos com as respectivas medidas de coacção. O juiz Carlos Alexandre remeteu essas informações para um comunicado do Conselho Superior de Magistratura (CSM), que será divulgado mais tarde.

Ao todo, no âmbito da Operação Miríade, a Polícia Judiciária (PJ) deteve 11 pessoas. Entre os arguidos, estão militares, ex-militares, nomeadamente comandos, que participaram em missões da ONU na República Centro-Africana, um recente agente da PSP, que prestava serviço no Comando Metropolitano de Lisboa, dois militares da GNR, um em formação e outro com licença sem vencimento, e um advogado.

Apenas cinco dos 11 arguidos terão prestado declarações ao juiz Carlos Alexandre no primeiro interrogatório judicial, os restantes, incluindo o alegado líder, Paulo Nazaré, remeteram-se ao silêncio.

Leia aqui mais sobre o tema: Major entrega diamantes e revela todo o esquema de tráfico que envolvia os aviões militares

No âmbito desta investigação, a PJ executou, na segunda-feira, cem mandados de busca (95 domiciliárias e cinco não domiciliárias), num inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

Em causa está a investigação a uma rede alegadamente liderada por um ex-comando, Paulo Nazaré, que com ajuda de militares e ex-militares montou uma rede que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafacção e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”, com vista ao branqueamento de capitais.

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