Docapesca vai avançar com estudo para dinamizar navegação no rio Guadiana até Mértola

O levantamento e planeamento das infra-estruturas náuticas vai ser feito em conjunto com as autarquias de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

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Miguel Manso

A Docapesca vai avançar com um estudo para identificar as infra-estruturas fluviais de apoio necessárias para dinamizar a navegação no rio Guadiana, entre Vila Real de Santo António (Algarve) e Mértola (Alentejo), anunciou nesta quarta-feira o presidente da empresa.

“Pretendemos dinamizar a navegação no Guadiana, colocando o rio ao serviço das populações e para que a actividade turística se possa desenvolver, valorizando todo o habitat do estuário e o seu património natural”, disse à Lusa o presidente da Docapesca.

De acordo com Sérgio Faias, o levantamento e planeamento das infra-estruturas náuticas vai ser feito em conjunto com as autarquias de Mértola (Alentejo), no distrito de Beja, e de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, ao abrigo de um protocolo assinado na terça-feira.

“O envolvimento dos quatro concelhos tem a ver com a perspectiva futura da transferência de competências das autoridades portuárias para os municípios, uma vez que dentro de algum tempo poderão ser eles a gerir essas zonas do estuário do rio”, apontou.

O responsável adiantou que o estudo pretende também fazer a caracterização socioeconómica das diferentes comunidades ribeirinhas no estuário do rio Guadiana, entre Vila Real de Santo António e Mértola, “para que cada município possa perspectivar quais os investimentos que melhor sirvam as populações”.

Além disso, acrescentou, o documento “permitirá planear e identificar as necessidades, até mesmo no troço em que faltam concluir as dragagens para a navegabilidade entre o Pomarão e Mértola”.

Segundo Sérgio Faias, a Docapesca, como a autoridade portuária com jurisdição do rio Guadiana, “investiu, desde 2014, cerca de 600 mil euros para melhorar as condições de segurança e de apoio à navegação, nomeadamente na reabilitação e substituição de infra-estruturas existentes”.

“Desde que a Docapesca assumiu a jurisdição do Guadiana, após a extinção do IPTM [Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos], o investimento feito incidiu na segurança e substituição de equipamento existente e não na identificação de potenciais novas infra-estruturas que melhorassem, de facto, o aproveitamento daquilo que é o potencial da via navegável, como o vamos fazer agora, para potenciar o futuro dos novos utilizadores do rio”, concluiu.

A Docapesca é uma empresa do sector empresarial do Estado, tutelada pelo Ministério do Mar, que tem a seu cargo, no continente, o serviço de primeira venda de Pescado, bem como o apoio ao sector da pesca e respectivos portos.

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