Marcelo Rebelo de Sousa vai a Luanda a convite do Presidente de Angola

Em plena visita a Cabo Verde, o Presidente da República anunciou ter aceitado o convite do homólogo angolano para uma viagem a Angola.

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Marcelo Rebelo de Sousa revelou que irá realizar uma visita oficial a Angola LUSA/ELTON MONTEIRO

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta terça-feira que vai visitar Luanda, a convite do homólogo angolano, João Lourenço, para marcar presença na feira do livro da capital de Angola.

“Eu agora terei uma deslocação, mas é a Luanda, para ir, a convite do presidente [da República de Angola] João Lourenço, à Feira do Livro de Luanda”, disse o chefe de Estado português, sem adiantar mais pormenores, em declarações aos jornalistas à margem da visita de dois dias, que terminou esta terça-feira, a Cabo Verde.

Os presidentes de Portugal e de Angola foram dois dos chefes de Estado que estiveram esta terça-feira na cerimónia de investidura, que decorreu na Assembleia Nacional, na Praia, de José Maria Neves como quinto presidente da República de Cabo Verde, na sequência das eleições presidenciais cabo-verdianas de 17 de Outubro.

Após a tomada de posse, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com o novo presidente de Cabo Verde, com os chefes de Estado a tratarem, descreveu, de “três assuntos fundamentais” para os dois países.

“Relações bilaterais, e eu convidei-o para visitar Portugal no início do ano que vem, se possível no primeiro trimestre do ano que vem, senão no primeiro semestre do ano que vem. E ainda das relações bilaterais, questões financeiras, económicas e de cooperação social e cultural, pendentes”, explicou.

“Tratamos a questão da União Europeia e do aprofundamento da parceria estratégica com Cabo Verde, matéria que ele conhece muito bem do tempo em que era primeiro-ministro [de 2001 a 2016]. E tratamos também da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], e no domínio da CPLP, naturalmente, da presidência angolana, sobre a qual tinha falado com o presidente João Lourenço”, acrescentou.

Destacou ainda que abordou com José Maria Neves as “perspectivas genéricas da actuação da CPLP e do papel chave que Cabo Verde, que acabou de ter a presidência, podia desempenhar”.

“Em ligação com Angola, mas também com Portugal e outros países irmãos, naquilo que é uma fase que se quer mais virada para a aplicação do acordo de mobilidade e para a parte económica e empresarial, que tem sido uma parte que tem ficado no segundo plano”, concluiu.

José Maria Neves tomou posse na manhã desta terça-feira, perante a assembleia nacional, reunida em sessão especial de investidura, na presença de delegações representando governos de vários países e dos presidentes das Repúblicas de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, de Angola, João Lourenço, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, do Gana, Nana Akufo-Addo, e do Senegal, Macky Sall.

Marcam presença na cerimónia, ainda, o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, o secretário do Trabalho dos Estados Unidos da América, Marty Walsh, a ministra para a Igualdade de Género, Diversidade e Igualdade de Oportunidades de França, Elisabeth Moreno, o presidente da câmara dos deputados da Guiné-Equatorial, Mohaba Messu, o presidente da Assembleia de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean Claude Kassi Brou, entre outras individualidades nacionais e internacionais.

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