Novo Presidente de Cabo Verde diz que é “tempo de cerrar fileiras”

José Maria Neves tomou posse como chefe de Estado cabo-verdiano depois de vencer as eleições de 17 de Outubro.

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José Maria Neves tomou posse numa cerimónia na cidade da Praia ELTON MONTEIRO / EPA

José Maria Neves tomou posse esta terça-feira como Presidente de Cabo Verde, numa cerimónia na cidade da Praia em que voltou a fazer apelos ao diálogo com vários sectores sociais e políticos. A prioridade do seu mandato, disse no seu discurso, é a reconstrução da economia nacional no período pós-pandemia.

O candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) foi eleito a 17 de Outubro logo à primeira volta, sucedendo a Jorge Carlos Fonseca. Desde que foi eleito, Neves tem feito vários apelos ao diálogo com todas as forças políticas e com o Governo, actualmente nas mãos do Movimento para a Democracia (MpD).

A economia ocupou parte significativa do discurso de Neves. “A dívida pública e o défice público estão em níveis muito preocupantes, são elevadas as taxas de desemprego, temos ainda na sociedade taxas significativas de pobreza, são acentuadas as desigualdades sociais e outras formas de exclusão social. A grande prioridade nacional tem de ser, necessariamente, a reconstrução do país neste ciclo doloroso do pós-pandemia”, afirmou.

Para isso, será necessário um esforço conjunto de todos os sectores cabo-verdianos, disse Neves. "Este é o tempo de cerrar fileiras e todos juntos dar o melhor de nós para o progresso da nossa terra e o bem-estar de todos”, declarou.

À cerimónia de tomada de posse compareceram vários chefes de Estado estrangeiros, incluindo o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e os homólogos angolano, João Lourenço, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

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