Galp procura coordenador para instalar refinaria de lítio

A petrolífera liderada por Andy Brown prepara-se para avançar na cadeia de valor das baterias para veículos eléctricos.

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O presidente da Galp, Andy Brown Miguel Manso

A Galp está a aceitar, até ao final desta semana, candidaturas para um cargo de coordenação dos vários processos ligados à instalação de uma central de processamento de lítio.

Até dia 12, a empresa liderada por Andy Brown, pretende receber manifestações de interesse de profissionais capazes de coordenar todos os procedimentos de autorizações e licenciamentos requeridos para “a construção e operação” da refinaria de lítio, para que sejam “solicitados atempadamente e emitidos sem atrasos”.

“Seja parte da criação de um novo negócio da Galp, na indústria em crescimento exponencial das baterias [eléctricas]”, refere a petrolífera no anúncio de contratação, publicado na rede social Linkedin.

Ainda na semana passada, a Galp prometeu para muito breve novidades sobre futuros investimentos no lítio e na cadeia de valor das baterias eléctricas.

Segundo Andy Brown, a Galp, com a sua experiência industrial, pretende ser “a ponte” entre quem tem o acesso às matérias-primas e quem fabrica as baterias.

A empresa britânica Savannah (com a qual a Galp chegou a ter um acordo de exclusividade, que entretanto caiu), que detém os direitos de exploração de lítio na mina do Barroso, em Boticas, e a fabricante sueca de baterias Northvolt têm sido apontadas como as parceiras mais prováveis da Galp neste novo ramo de negócio.

Como perfil para coordenar a implantação da nova central de processamento de lítio, a empresa pede alguém com qualificações na área da engenharia ambiental ou similar, e que tenha, entre outros requisitos, cinco ou mais anos de experiência de gestão na área química ou projectos de lítio, experiência no relacionamento com entidades nacionais da área ambiental e conhecimento do enquadramento ambiental europeu.

Num encontro recente com a imprensa, o presidente da Galp assegurou que a localização desta refinaria, que representará um investimento de centenas de milhões de euros, ainda não estava decidida, mas isso não impediu a empresa de avançar entretanto com propostas de investimento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) precisamente na área das baterias.

Se Portugal não avançar para a extracção de lítio, limitando-se a importar o minério para processamento, “perderá uma oportunidade”, afirmou o gestor.

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