“O bairro ir abaixo foi como um familiar que morreu”. Histórias da “chaga gigantesca” que o PER abriu

Em Quando Ninguém Podia Ficar a antropóloga Ana Rita Alves faz uma abordagem crítica ao Programa Especial de Realojamento. Criado em 1993 para erradicar as barracas, ainda não foi totalmente concretizado. O PÚBLICO acompanhou-a e a moradores num regresso ao Bairro de Santa Filomena, demolido entre 2012 e 2016. “Houve uma invenção da periferia sempre na dialéctica entre criminalização e racialização”, comenta.

Foto
Willa Mascarenhas

No sítio onde antes havia uma capela há entulho, postes de electricidade tombados e algum lixo. Dona Rosa ainda vende peixe, tem uma banca que não foi abaixo como o resto do Bairro de Santa Filomena, na Amadora. “O que mantém aqui a vida são as senhoras do peixe”, comenta Willa (Elisabete) Mascarenhas, 37 anos, enquanto sobe a ladeira deste terreno no centro da Amadora, onde cresceu e viveu. 

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 17 comentários