Mais uma vitória para o Sporting antes da pausa

“Leões” triunfam em Paços de Ferreira com golos de Inácio e Pedro Gonçalves, igualando a melhor série com Rúben Amorim e juntando-se ao FC Porto no topo da I Liga.

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Pedro Gonçalves marcou o segundo golo do Sporting EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Foram semanas intensas e cheias de perigos, mas o Sporting ultrapassou-as sem qualquer cedência e a cumprir todos os objectivos. Neste domingo, os “leões” foram a Paços de Ferreira triunfar por 0-2, garantindo os três pontos de que precisavam para se juntar ao FC Porto no topo da classificação da I Liga e por lá ficarem durante a pausa para os compromissos das selecções. Esta foi a oitava vitória consecutiva para o campeão nacional em todas as competições, igualando a melhor série desde que Rúben Amorim chegou a Alvalade em Março de 2020.

Não foi a vitória mais fácil da época, mas também não foi a mais difícil. Não foi preciso esperar por um milagre uruguaio no último minuto, mas foi preciso ter alguma paciência para ultrapassar um Paços de Ferreira que sabia bem o que tinha de fazer para contrariar o “leão”. Basicamente, tinha de ter bola e não ter pressa. Jorge Simão montou uma equipa solidária e competente na defesa, mas não entrincheirada dentro da sua área. E foi assim que segurou o Sporting durante meio jogo.

Com algumas alterações em relação à goleada sobre o Besiktas – Esgaio no lugar de Porro e Nuno Santos em vez de Feddal – o Sporting procurou controlar o jogo desde o início e até criou oportunidades. Logo aos 8’, num canto, Coates cabeceou na direcção certa, mas André Ferreira também estava no sítio certo e impediu mais um golo do central uruguaio. Pouco depois, aos 10, foi Esgaio a rematar para nova defesa do guardião pacense, depois de um passe de Nuno Santos.

Depois de 15 minutos de intenso domínio “leonino”, o Paços equilibrou o jogo, muito bem posicionado no meio-campo (excelentes Eustáquio e Luiz Carlos) e com algumas aventuras no ataque. Não criou oportunidades, mas criou problemas. E o Sporting, neste período parecia sem pernas e sem cabeça para furar. Matheus Nunes dava uns esticões para a frente, mas sem grande consequência. Nuno Santos ainda conseguiu um bom cruzamento, mas o alvo era Pedro Gonçalves e o jogo de cabeça não é a sua especialidade. A bola raspou-lhe no cabelo e a jogada perdeu-se.

A fechar a primeira parte, o Paços teve a sua grande hipótese de golo. Antunes, a defrontar a equipa pela qual foi campeão na época passada, ganhou espaço na área e arrancou um remate que iria directo para a baliza, não fosse Matheus Reis estar no caminho. E era assim que o jogo ia para o intervalo, o campeão em dificuldades e o Paços com boas sensações.

Só que o início da segunda parte contou logo outra história. O Sporting desbloqueou o jogo de uma forma muito habitual, um canto, que já é quase um penálti para os “leões” tal a forma como é eficaz neste tipo de lances. Num canto cobrado à esquerda, a bola foi ter com Coates, que deu o toque para a emenda certeira de Gonçalo Inácio. Um golo feito entre centrais, desta vez com o uruguaio a assistir e o seu jovem parceiro de sector a marcar.

O Paços tinha de arriscar mais, os “leões” tinham de fortalecer a vantagem numa noite em que os seus avançados não estavam muito em jogo. A equipa da casa não criou grande perigo e os “leões” iam desperdiçando, mas acabariam por conquistar outra tranquilidade no marcador aos 69’. Numa jogada de entendimento entre Tabata e Esgaio, o lateral direito fez o cruzamento atrasado na direcção de Pedro Gonçalves, que rematou na direcção certa e fora do alcance do guarda-redes André Ferreira.

Paulinho teria mais uma bola de golo aos 73’ (tentou fazer um chapéu que não funcionou) e Coates ainda fez mais um golo aos 76’ (bem anulado por fora-de-jogo). O essencial já estava feito. O Paços já não iria conseguir nada do jogo e o Sporting já tinha a vitória no bolso.

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