André Ventura reeleito presidente do Chega com 94,78% dos votos

Assumindo-se como candidato a primeiro-ministro, Ventura prometeu levar o Chega ao Governo.

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André Ventura foi reeleito líder do Chega Nuno Ferreira Santos

O deputado André Ventura foi este sábado reeleito presidente do Chega com 94,78% dos votos, num universo de cerca de 20 mil militantes deste partido com capacidade eleitoral, enquanto o seu adversário, o empresário Carlos Natal, obteve 5,22%.

Os resultados das eleições directas para a liderança do Chega foram anunciados pelo presidente da Mesa do Congresso do partido, Jorge Valsassina Galveias, numa declaração em que adiantou que ainda estão a ser contabilizados os resultados da eleição de delegados para o congresso desta força política. O Congresso Nacional do Chega realiza-se em Viseu, entre 26 e 28 deste mês.

Já eleito, André Ventura fez declarações aos jornalistas, afirmando que se sentia legitimado. “Penso que hoje a legitimidade é clara”, afirmou André Ventura, acrescentando que “o partido escolheu o seu candidato a primeiro-ministro”.

Numa declaração de compromisso, o deputado e líder do Chega proclamou: “Aceito de bom grado a tarefa que os militantes me deram e a confiança que em mim depositaram para voltar a ser o candidato a primeiro ministro do Chega nas eleições de 30 de Janeiro de 2022.” Para garantir: “Aceito com orgulho e com confiança e com muita, muita fé de que teremos um resultado histórico no dia 30 de Janeiro.” E prometer: “Podem confiar em mim para nos próximos quatro anos levar este partido até ao Governo.”

Perante os jornalistas, Jorge Valsassina Galveias confirmou que foi impugnada uma das listas concorrentes à eleição de delegados na distrital de Lisboa, referindo que essa mesma lista apresentou “irregularidades insanáveis”.

Num comunicado divulgado esta manhã, um grupo de militantes do Chega apelou ao boicote das eleições na distrital de Lisboa do partido, considerando ilegal a suspensão de uma das listas concorrentes, e ameaçou apresentar uma providência cautelar para impedir a realização do congresso.

As eleições no Chega foram convocadas depois de, em Setembro, o Tribunal Constitucional ter considerado que o partido estava a funcionar de forma ilegal uma vez que as alterações aos estatutos do partido introduzidas no congresso de Évora, em Setembro de 2020, não terem sido previamente expressas na convocatória desse congresso.

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