Marcelo afirma que não foi sensível a razões partidárias na data das eleições

Nos cálculos do Presidente, o fim do prazo de entrega das listas de candidatos a deputados será posterior ou simultânea às “decisões” no PSD.

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O Presidente marcou as eleições para 30 de Janeiro Rui Gaudencio

O Presidente da República explicou esta sexta-feira por que é que a data de 30 de Janeiro que marcou para as eleições legislativas nada tem a ver com a disputa interna no PSD. “Tal como as coisas estavam no momento da decisão [com as directas marcadas para 4 de Dezembro e o congresso social-democrata para meados de Janeiro], as decisões partidárias seriam posteriores ou no máximo simultâneas com o fim do prazo de entrega das candidaturas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem do encontro de cuidadores informais. Recorde-se que a entrega de listas tem de ser feita até 41 dias antes das eleições.

“O Presidente não foi sensível a razões partidárias, minimamente”, afirmou, depois de dizer que a sua decisão foi tomada “em função do interesse nacional”. O que pesou, acrescentou ainda, foi a circunstância de que “tinha de ser rápido, ainda em Janeiro”, mas de forma que o período de campanha eleitoral (duas semanas), antecedido dos debates “com o máximo de forças concorrentes” não fosse “em cima do Ano Novo”.

Referiu mesmo a sua “experiência como Presidente” que teve eleições no passado dia 24 de Janeiro lhe diz que “não é boa ideia haver sobreposição de debates e campanha no período do Natal e Ano Novo.

Este ano, os debates entre os candidatos presidenciais começaram logo a 2 de Janeiro, e eram apenas sete as personalidades em disputa. Nas últimas legislativas, houve 21 forças políticas a concorrer, das quais nove elegeram deputados.

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