A chamada selada

A burocracia em Portugal continua a ser uma chatice mas é preciso reconhecer que, quanto mais se recua no passado, pior era. Isto para não dizer que melhorou muito. Mesmo assim, tenho em mim a desconfiança da simplicidade.

Sou do tempo em que, para comprar um pacote de tremoços, era preciso um requerimento em papel selado, um caderno de encargos emitido pelo secretário de Estado da agricultura de aperitivos e adubos e uma certidão de autorização de venda, passada pelo encarregado de educação do tremoceiro, tudo presenciado por um notário da comarca onde o tremoço foi curado.

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