Argélia acusa Marrocos de matar três camionistas

Governo argelino fala em “bombardeamento bárbaro” e avisa que este “assassínio” não ficará impune. Argélia cortou recentemente relações diplomáticas com Marrocos.

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Soldados da Frente Polisário em Bir Lahlou, estrada onde terão sido mortos os camionistas argelinos Zohra Bensemra

As autoridades da Argélia acusaram Marrocos de matar num “bombardeamento bárbaro” três camionistas que ligavam a capital da Mauritânia, Nouakchott, à cidade argelina de Uargla e avisaram que este “assassínio” não ficará impune.

Os acontecimentos tiveram lugar, alegadamente, na segunda-feira e, de acordo com a presidência argelina, as vítimas faziam uma viagem de índole comercial, “natural”, entre os dois países. Depois de uma investigação ao “acto deplorável”, Argel concluiu que o ataque foi levado a cabo pelas “forças de ocupação” marroquinas no Sara Ocidental.

De acordo com o comunicado, “vários factores indicam que as forças de ocupação marroquinas no Sara Ocidental levaram a cabo este cruel assassínio com uma arma sofisticada”.

De acordo com Akram Kharief, director do site argelino Mena Defense, citado pela France 24, “os camionistas argelinos foram mortos em Bir Lahlou”, numa estrada do Sara Ocidental controlada pela Frente Polisário.

Trata-se de “uma nova manifestação de agressividade brutal que caracteriza uma política já conhecida de expansão territorial e de terror”, adianta agência oficial argelina APS.  

Sem antecipar as possíveis represálias que irá adoptar por causa do ataque, a presidência argelina garantiu que a acção “não ficará impune”.

A relação entre os dois países do Norte de África encontra-se numa das piores fases da sua história recente, depois de a Argélia ter cortado as relações diplomáticas com Marrocos em Agosto. No domingo, as autoridades argelinas fecharam o gasoduto que passa por território marroquino.

A Frente Polisário declarou o fim de um cessar-fogo de quase três décadas em Novembro do ano passado, depois de as forças marroquinas terem recorrido à força militar para desmantelar um bloqueio da principal estrada que liga Marrocos à Mauritânia através do Sara Ocidental ocupado.

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