Justiça suíça acusa Blatter e Platini de fraude

Antigos presidentes da FIFA e da UEFA foram ainda formalmente acusados pelo Ministério Público de gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos.

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Blatter e Platini enfrentam a justiça suíça EPA/PATRICK B. KRAEMER

O suíço Joseph Blatter e o francês Michel Platini, antigos presidentes da FIFA e da UEFA, respectivamente, foram esta terça-feira formalmente acusados pelo Ministério Público helvético de fraude, entre outros crimes.

Blatter e Platini, que já foram afastados de todas as actividades ligadas ao futebol por seis e por quatro anos por suspeitas de corrupção, aguardam decisão do tribunal federal de Bellinzone sobre a validação dos indícios e consequente julgamento.

O antigo presidente da FIFA (entre 1998 e 2015), de 85 anos, e o seu homólogo da UEFA (entre 2007 e 2016), de 66 anos, enfrentam acusações de “gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos”.

Na investigação, Blatter e Platini são suspeitos de terem combinado o pagamento ilícito de dois milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros) por parte da FIFA ao então dirigente máximo da UEFA.

Platini terá recebido a quantia em 2011, alegadamente pelos serviços prestados como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002. Ambos justificaram o pagamento tão diluído no tempo com o facto de as finanças da FIFA, na altura, não permitirem remunerações tão elevadas como as acordadas entre Blatter e Platini.

Michel Platini, à época, era o mais forte candidato a suceder a Blatter à frente da FIFA. Segundo a legislação suíça, a fraude simples tem uma moldura penal de até cinco anos de prisão ou uma punição pecuniária.

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