Será que o PSG se quer mesmo livrar de Sergio Ramos?

O espanhol ainda não se estreou pelos parisienses e, em França, diz-se que o clube quer rescindir com ele.

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O PSG tinha (tem) um plano para dominar o futebol mundial: encher ainda mais a equipa de “estrelas” e esperar por vitórias esmagadoras em todos os campos. Mas as vitórias não têm sido esmagadoras e não têm acontecido em todos os campos. Lionel Messi ainda não se sente muito confortável a jogar pelos parisienses e ainda não há uma química perfeita entre ele e os outros, Neymar, Mbappé e Di María. Quanto a outro dos grandes nomes que se mudou para Paris no último Verão, Sergio Ramos, ainda nem se estreou. E em França diz-se que o clube está a estudar uma forma de se livrar dele.

A notícia veio no Le Parisien e teve eco internacional. O PSG está a ponderar rescindir contrato com o internacional espanhol, que tem vínculo até 2023. Escreve o jornal que a confiança em Ramos já não é “inquebrável” e que “a opção de quebra do contrato já não é ficção científica”, acrescentando que o clube admite “ter-se enganado” na contratação do experiente defesa.

Não houve mais nenhuma notícia a corroborar a história. Tudo o que surgiu na imprensa internacional foi no sentido contrário, de reforçar o compromisso entre clube e jogador, até porque tal caminho seria muito penalizador para o próprio PSG, obrigado a pagar uma indemnização a Ramos (a começar pelos 10 milhões de euros líquidos por temporada que paga ao jogador e outros prémios adicionais) e, provavelmente, impedido de inscrever jogadores em duas janelas de transferências consecutivas.

Ramos ainda não se estreou pela equipa de Pochettino por motivos físicos. Mas o PSG já sabia que o jogador mais internacional de sempre pela selecção espanhola não estava nas melhores condições quando o recrutou a “custo zero”, após ter terminado uma ligação de 16 anos ao Real Madrid. Em Fevereiro passado, Ramos foi submetido a uma cirurgia ao joelho esquerdo e esteve dois meses sem jogar. Voltou aos relvados em Março, fez mais três jogos até ao final da época e ficou de fora dos convocados da selecção de Espanha para o Euro 2020.

Finda a ligação com os “merengues”, Ramos assinou por duas temporadas com o PSG para comandar a partir da defesa a super-equipa que já tinha muitas “estrelas” para o ataque. Nas redes sociais, o central foi publicando imagens da sua reabilitação – continua a treinar-se à parte – e, nos últimos dias de Outubro, havia a expectativa de que pudesse estar em condições para se estrear pelos parisienses, mas acabou por não acontecer, e não irá acontecer no próximo compromisso do PSG, com o RB Leipzig, para a Liga dos Campeões.

É verdade que o PSG não tem sido uma máquina trituradora no ataque, como têm sido, por exemplo, Bayern Munique e Ajax – uma média de pouco mais de dois golos marcados por jogo parece pouco para quem tem Mbappé, Neymar e Messi. Mas tem chegado para ganhar a maioria dos jogos, muitos com golos milagrosos nos últimos minutos.

Tal como acontece com a (falta de) química atacante, a equipa de Nuno Mendes e Danilo Pereira precisa de estabilidade defensiva – sofreu golos em 11 dos 16 jogos já realizados esta época. E Pochettino tem experimentado nos últimos tempos com uma defesa de três centrais – frente ao Lille jogou de início com Kimpembe, Kehrer e Marquinhos, e esteve a perder, antes de mudar para uma defesa a quatro com a qual daria a volta ao jogo. Resta saber se Sergio Ramos, aos 35 anos, ainda será a solução, ou se será mais um problema.

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