No Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, cinco textos sobre elas

Assinala-se este domingo, 24 de Outubro, o Dia Internacional contra as Alterações Climáticas. Motivo para relembrar cinco textos que nos contam mais sobre elas.

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Ines Fernandes

O alerta está feito: se até 2030 não reduzirmos as emissões de carbono, podemos atingir o ponto de não retorno — e não conseguir evitar que a temperatura aumente mais do que 1,5 graus Celsius. No Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, vale a pena relembrar os efeitos que esta crise pode ter — e está a ter — no planeta.

Como vai ser o mundo se o nível do mar continuar a aumentar?

É possível que 50 grandes cidades, principalmente na Ásia, e pelo menos uma em cada grande país de cada continente deixem de ser como as conhecemos. A conclusão é do Climate Central, que criou mapas e imagens de alguns locais que mostram como eles são agora e como poderão ficar se as emissões de carbono aumentarem. Spoiler alert: é preciso saber nadar. 

Ansiedade climática: “Se hoje já acontece tanta coisa devastadora, o que posso esperar do futuro?”

Chama-se ecoansiedade e tem atingido os jovens — principalmente os portugueses. Um estudo, que envolveu jovens de dez países, diz que são os portugueses quem demonstra um maior nível de preocupação com a crise ambiental. Ao P3, alguns jovens contaram como é viver assim: sem “sono” e sem “chão”, afogados em “raiva” ou “tristeza”. Vale a pena reler.

Aqui já se sobrevive (e adapta) à crise climática

Em muitas partes do mundo, o clima já mudou. Há florestas-cemitério, jardins subaquáticos e mulheres que têm de aprender a nadar para sobreviver aos efeitos das alterações climáticas. A Climate Visuals e o Ted Countdown querem mudar a forma como se fala de crise climática, focando o olhar e a narrativa nas soluções. Por isso, lançaram 100 fotografias que as mostram. A colecção vai estar na COP26, que acontece em Glasgow, de 31 de Outubro a 12 de Novembro.

“Atenção, isto é um alerta da emergência”: o vídeo de Greta Thunberg pelo Dia da Terra

“O espaço entre o que temos de fazer e o que estamos a fazer está a aumentar a cada minuto”, avisou Greta Thunberg, num vídeo lançado a 22 de Abril, para assinalar o Dia da Terra. A activista apontou, como de costume, o dedo às estratégias dos lideres mundiais e avisou: “Podemos continuar a fingir que estes objectivos estão alinhados com o que precisamos, mas se nos podemos enganar a nós e aos outros, não podemos enganar a natureza nem a física.”

Activistas fazem inventário dos maiores emissores em Portugal — e começam a pensar como cortar

A refinaria de Sines da Galp, a Central de Tapada de Outeiro, no Porto, e o Complexo Industrial da Navigator, em Setúbal, lideram a lista negra de infra-estruturas com mais emissões de gases com efeito estufa em Portugal que a Climáximo e a Greve Climática Estudantil elaboraram.

As organizações analisaram 249 infra-estruturas portuguesas, com dados referentes às emissões de 2018, e concluíram que a indústria energética é responsável por 25,7% das emissões, enquanto a soma dos sectores da aviação doméstica, aviação militar, ferrovia e todo o transporte terrestre perfaz 24,4%. A indústria da agro-pecuária também tem infra-estruturas no top 20, nomeadamente o grande matadouro das Carnes Landeiro, em Braga, e a produção da Campoaves, em Coimbra.

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