Para Bina Tangerina, “desenhar é meditar” — só nos quer deixar mais tranquilos

Sabina Louro, mais conhecida como Bina Tangerina, inspira-se na natureza, plantas e animais para os seus trabalhos artísticos. Os diários gráficos são a forma que a ilustradora encontrou para "voltar a ter prazer a desenhar".

Bina Tangerina
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Natureza, plantas e animais são os temas que Bina Tangerina usa como inspiração para desenhar. Nos últimos tempos, à custa da pandemia, tem-se dedicado a desenhar sobretudo a figura humana, mas o objectivo do seu trabalho mantém-se: transmitir paz a quem o vê. “Para mim, desenhar é meditar e quero passar essa tranquilidade ao público”, menciona a ilustradora ao P3.

Quando era pequena, Sabina Louro já riscava as paredes e o sofá de casa: “Sempre tive tendência para desenhar e a minha mãe incentivou-me a perseguir esse caminho”, comenta. Por esse motivo, estudou Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design, nas Caldas da Rainha. Terminado o curso, rumou a Lisboa e tornou-se artista freelancer.

O alter-ego Bina Tangerina veio da necessidade de criar uma persona para um trabalho de ilustração na faculdade. “Na realidade, o nome vem de uma brincadeira onde calhou surgir a rima de Sabina com tangerina”, começa por dizer a ilustradora de 25 anos, acrescentando que, depois, a sua mãe preparou um aniversário em que o tema da festa foi todo à volta da tangerina”.

Quanto ao seu processo artístico, caracteriza-o como “natural”: “Nunca há grandes expectativas quando se inicia um trabalho”, explica. A artista gosta de explorar diferentes técnicas e misturar vários conceitos num só trabalho, nomeadamente, no que diz respeito às cores. “Há momentos em que idealizo logo uma ilustração; outros começam como um exercício e elevo a técnica.”

Os diários gráficos têm sido uma forma de escape para a ilustradora, natural das Caldas da Rainha. “Quero voltar a ter prazer a desenhar”, diz Sabina, confessando que desde que o acto de desenhar transitou de passatempo para profissão que passou a “ter outro peso”. Viver só da sua arte, porém, ainda é “complicado”.

Sendo um trabalho “instável”, a artista também é co-fundadora do MAGO studio, um atelier de risografia e ilustração em Lisboa. Para além disso, Sabina também colabora com algumas galerias de arte, como a Ó! Galeria (Porto), Lusco Fusco (Lisboa), Gama Rama (Faro) e Apaixonarte (Lisboa). A ilustradora vende os seus trabalhos na sua loja online, página de Instagram e ainda tem um Patreon com diferentes pacotes de adesão, onde partilha os seus desenhos.

O último trabalho que Sabina Louro fez foi para a revista infantil Dois Pontos, onde ilustrou todo o conteúdo da publicação que está prevista sair a 13 de Novembro. Para já, a artista quer dedicar-se a pensar em projectos para o Natal e, no futuro, “tirar um tempinho para respirar”.

Texto editado por Amanda Ribeiro

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