Verstappen vence no Texas e aumenta vantagem para Hamilton

A próxima corrida é já daqui a uma semana, com os pilotos a fazerem uma viagem desde o Texas até ao México, para 71 voltas na capital mexicana.

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Reuters/MIKE BLAKE

Max Verstappen é ainda mais líder do Mundial de Fórmula 1. Esta é a principal notícia do Grande Prémio dos Estados Unidos, que coroou neste domingo o piloto da Red Bull, numa prova com emoção até às últimas voltas. Lewis Hamilton e Sergio Perez completaram o pódio.

Durante o fim-de-semana no Texas, 400 mil espectadores passaram pelo circuito de Austin para assistirem à 17.ª prova do Mundial, que deixou Verstappen com 287,5 pontos, mais 12 do que Lewis Hamilton, numa fase em que resta disputar cinco corridas.

A partida para a prova norte-americana começou com mudança de líder logo na primeira curva. Max Verstappen e Lewis Hamilton até tiveram tempos semelhantes de reacção ao semáforo, mas o inglês foi mais eficaz a chegar à potência máxima nos primeiros metros de pista.

O arranque de Verstappen, apesar de estar no lado limpo da pista, foi mediano ao ponto de poder ser até ultrapassado pelo colega Sergio Perez – que, naturalmente, levantou o pé. Hamilton, que largou do lado sujo, mas com o lado interior da primeira curva, abriu cerca de um segundo para Vertsappen, cuja distância mais tarde lhe permitia usar o DRS, mas não de forma eficaz – oito décimos de diferença eram demasiados para um ataque a preceito.

O neerlandês estava com um ritmo melhor, explorando os pneus médios, algo patente até nas palavras de Hamilton, que dizia à equipa ter o Mercedes a escorregar em curva. Estava claro, portanto, que teria de ser nas boxes a solução para o piloto da Red Bull. Verstappen parou à volta 11 e fez voltas rápidas sem Hamilton como “tampão”.

A mudança de líder era um dado adquirido pelo ritmo de Verstappen e Hamilton podia sofrer era com Perez e cair para terceiro. O inglês parou imediatamente, antes que Perez fosse uma ameaça real, mas mais não pôde fazer do que ficar a quase sete segundos de Verstappen, apesar de o neerlandês ter ido para as boxes a cerca de um segundo – foram quase oito recuperados com o pit stop e com as voltas rápidas a seguir à viagem às boxes.

A prova entrou, nesta fase, numa toada mais “morna”, com o pódio bem definido: Max, Lewis e Sergio, por esta ordem. A acção passou-se mais atrás, com duelos interessantes pelo quinto lugar, entre Ricciardo e Sainz, pelo oitavo, com Bottas e Tsunoda, e pelo top-10, com a recuperação de Alonso.

O espanhol era, de resto, a par de Kimi Raikkonen, um piloto a correr de trás para a frente, depois de ter largado do 19.º e penúltimo lugar.

À entrada para a segunda metade da prova começou a ficar clara a mudança de situação de corrida. Lewis Hamilton, com pneus mais frescos, estava bastante mais rápido do que Max Verstappen, porventura a tentar gerir os compostos. A diferença de quase sete segundos já era apenas de três e Verstappen foi mesmo para os boxes – talvez antes até do que teria previsto.

Com pneus duros frescos, o neerlandês forçou o ritmo para ficar confortavelmente abaixo dos 20 segundos de diferença – tempo que geralmente se perde numa janela de pit stop.

Já Hamilton forçava também, mas no capítulo da durabilidade dos pneus. A ideia era prolongar ao máximo a vida do composto duro, para poder fazer uma última fase da corrida com pneus menos gastos do que os de Verstappen, que acabariam por sofrer mais cedo com o desgaste – não havendo, claro, uma terceira paragem do homem da Red Bull.

Depois da paragem de Hamilton já havia dados para matemática: eram 8,7 segundos para o inglês recuperar em 18 voltas (cerca de meio segundo por volta). A fase inicial de pneus médios, bons para a Red Bull, era, agora, a fase de prevalência do composto mais duro de Hamilton, conjugado com o desgaste do de Verstappen.

Hamilton forçou o que pôde forçar e baixou dos dois segundos, mas o neerlandês da Red Bull estava a fazer algum bluff e tinha, afinal, algo por dar com aqueles pneus. Só na última volta da corrida a diferença baixou de um segundo e foi demasiado tarde para Hamilton ser eficaz com o DRS.

Nota ainda para o abandono de Fernando Alonso, que teve um problema na asa traseira e deitou por terra a recuperação já feita em pista.

A próxima corrida é daqui a duas semanas, com os pilotos a fazerem uma viagem desde o Texas até ao México, para 71 voltas na capital mexicana.

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