Moreirense também sucumbiu ao goleador Coates

Sporting venceu por 1-0 na 9.ª jornada e juntou-se ao FC Porto na liderança provisória do campeonato.

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EPA/TIAGO PETINGA

Sebastian Coates não passa muito tempo no meio-campo contrário, muito menos na área contrária. Só vai lá para a frente em duas situações: em pontapés de canto e como ponta-de-lança improvisado em situações de emergência, solução utilizada por todos os treinadores do Sporting nos últimos cinco anos. Desta vez, não houve necessidade de avançar o gigante uruguaio para fazer número no ataque, mas foi ele que conseguiu neste sábado em Alvalade o que mais ninguém conseguiu. Marcou o golo que deu o triunfo ao Sporting por 1-0 sobre o Moreirense e que deixou os “leões” a par do FC Porto na liderança provisória da I Liga à nona jornada, ambos com 23 pontos, mais dois que o Benfica, que joga neste domingo em Vizela.

Fez, por exemplo, aquilo que Paulinho não conseguiu fazer durante 76 minutos, apesar de ter tido, pelo menos, quatro boas oportunidades para fazer o marcador em Alvalade. E com o golo que marcou aos minhotos, mais os dois que já tinha marcado em Istambul ao Besiktas, o capitão “leonino” já leva tantos golos marcados esta época como o ponta-de-lança que o Sporting foi buscar ao Sp. Braga na época passada.  Bem colocado, tempo de salto perfeito e pontaria afinada, foi assim que Coates marcou logo aos 15’. Depois, passou o resto do tempo a defender a vantagem que ele próprio criou.

O Sporting vinha de um bom resultado europeu, a goleada ao campeão turco, e Rúben Amorim tinha alertado para o perigo de relaxamento no regresso aos jogos do campeonato. Mesmo sem ter uma grande classificação no campeonato, o Moreirense era um adversário perigoso, a viver um bom momento, e com argumentos para incomodar o campeão nacional. Os minhotos entraram desinibidos, lançados pelos seus rápidos e habilidosos laterais, Abdu Conté e Rodrigo Conceição.

O primeiro sinal de perigo foi do Sporting logo aos 5’. Sarabia viu bem a desmarcação de Paulinho, mas o remate saiu por cima. E o Moreirense, bem preparado por João Henriques, respondeu pouco depois com a melhor oportunidade do jogo até então. Aos 13’, Conté acelerou pelo flanco esquerdo, colocou a bola na área e Rafael Martins, sem qualquer marcação, rematou para as mãos de Adán. O guardião espanhol fechou a sua baliza com classe, mas o experiente avançado brasileiro devia ter feito bem melhor.

Praticamente na resposta, aos 16’, o golo do Sporting. Sarabia marcou o canto a partir do lado direito e Coates, como tantas vezes tem feito, ganhou nas alturas e bateu Kelwin. Era o capitão a dar o exemplo e a lançar os “leões” para uma exibição segura, sem grandes sobressaltos, mas também de algum desperdício. Mas isso já não era responsabilidade de Coates, que foi impecável a defender durante o resto do jogo.

Menos impecável foi Paulinho, que é um avançado móvel, de espírito colectivo e de grande utilidade, mas cuja relação com os golos é complicada. Marca os difíceis, como o que marcara em Istambul, falha os fáceis. Depois daquele remate logo ao início, e pouco antes do intervalo, o avançado desperdiçou uma grande jogada de mérito partilhado por Daniel Bragança e Sarabia.

Após o intervalo, o Sporting continuou a dominar e Paulinho continuou a falhar, aos 47’ e aos 48’. Sarabia também teria a sua hipótese aos 55’, mas a bola não entrava. A vantagem mínima é sempre um resultado perigoso, mas, não eficaz na finalização, foi sólido a conter a tentativa de reacção do Moreirense, que não passou de tentativa, com grande parte da responsabilidade a pertencer a Coates, que dá lições em todos os jogos de como se defende. E, quando é preciso, como se ataca.

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