Filipa Martins oitava em paralelas assimétricas nos Mundiais de ginástica artística

A ginasta do Acro Clube da Maia fez história ao terminar em sétimo lugar no concurso completo.

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Filipa Martins terminou em sétimo lugar no concurso completo KIM KYUNG-HOON/Reuters

A portuguesa Filipa Martins foi este sábado oitava classificada no concurso de paralelas assimétricas dos Mundiais de ginástica artística de 2021, que decorrem em Kitakyushu, no Japão, após ter feito história, ao terminar em sétimo lugar no all around - foi a portuguesa com melhor classificação de sempre.

Filipa Martins, de 25 anos, somou 14.066 pontos, numa competição em que a chinesa Wei Xiaoyuan conquistou a medalha de ouro, ao totalizar 14.733 pontos, impondo-se à brasileira Rebeca Andrade, uma das grandes figuras da ginástica nos Jogos Olímpicos, e à compatriota Luo Rui, ambas com 14.633. Nota para o facto de a brasileira ter apresentado o exercício mais modesto na dificuldade, mas ter conseguido o segundo lugar fruto de um exercício irrepreensível, com a nota mais alta na execução - nem sempre a audácia compensa.

A ginasta do Acro Clube da Maia, que terminou em 17.º lugar em paralelas assimétricas nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, foi a primeira portuguesa a participar numa final por aparelhos em Mundiais de ginástica artística, dois dias após ter conquistado um diploma no all around. Tal equivale a dizer que, para este sábado, qualquer resultado já seria histórico.

O lado menos positivo de um resultado que já foi histórico terá sido a distância para a sétima classificada, que somou 14.400 pontos. Filipa Martins apresentou o segundo exercício com grau de dificuldade mais baixo e acabou, na execução, por ser mesmo a atleta mais modesta das oito finalistas.

Este oitavo lugar frente à nata da ginástica mundial coloca a portuense bem colocada na elite da modalidade. Sendo uma atleta muito capaz nos diversos aparelhos - e o sétimo lugar no all around é prova disso -, Filipa Martins tem pautado os últimos meses da carreira pela aposta forte nas paralelas assimétricas.

É nesse aparelho que espera sempre somar mais pontos e é também nele que é a precursora de um movimento único. Em Abril, a ginasta portuguesa inscreveu o seu nome no código de pontos das paralelas, cunhando um movimento nunca feito até então: o Martins.

Após a prova, a ginasta mostrou-se grata por ter feito história entre as melhores do mundo. “Sentimento de dever cumprido e, agora, finalmente descanso. Muito contente com o meu oitavo lugar nas paralelas. Para mim, já foi uma vitória ter conseguido esta final”.

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