“Trabalho no cenário de o Orçamento passar”, insiste Marcelo

Presidente da República vê nuvens no horizonte da situação política internacional e volta a garantir que só está a considerar o cenário de aprovação do orçamento.

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Presidente da República preocupado com a situação internacional LUSA/RODRIGO ANTUNES

“Eu trabalho no cenário de o Orçamento passar”, disse na manhã desta sexta-feira, em Londres, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Na capital britânica, nas escadarias do Tate Britain, o Presidente comentou o momento político interno, após visitar a exposição retrospectiva de Paula Rego.

“Estamos a chegar ao fim-de-semana e até ao fim-de-semana fica claro”, disse Marcelo referindo-se ao futuro do Orçamento do Estado para 2022. E alvitrou mesmo uma data de decisão final, necessariamente anterior à votação na generalidade de 27 de Outubro, quarta-feira: “segunda ou terça-feira.”

O Presidente da República revelou que não volta a receber os partidos em Belém. “Não volto a falar com os partidos, o momento é de diálogo entre os partidos e o Governo”, referiu. “Já disse aos partidos o que pensava e que as escolhas que fizerem têm consequências no futuro imediato e menos imediato”, referindo-se, em primeiro lugar, a um cenário de eleições antecipadas.

“Desejo e espero que o Orçamento de Estado passe”, insistiu, antes de iniciar uma breve análise sobre as turbulências internacionais. Olho para a Europa e vejo que a recuperação ainda não está, a pandemia, como aqui [Londres] não está vencida, depois há os preços da energia que sobem, são nuvens no horizonte”, diagnosticou.

Sobre a espiral do preço dos combustíveis Marcelo foi claro. Deverá haver medidas semana a semana para atenuar as subidas”, disse, referindo-se às diminuições do ISP  anunciadas pelo Governo.

“Quanto mais tempo a pandemia durar, maior é o reflexo nos preços da energia”, considerou. “A mudança para novas energias implica investimentos que, durante a pandemia, pararam”, reflectiu. “Os Governos estão a tomar medidas paliativas e a ver se se entendem na União Europeia, mas também com outras potências e grandes economias”, concluiu, destacando a escala mundial do problema.

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