As dúvidas de Nuno Aroso e uma peça sobre a força que a memória pode dar ao futuro
Um artista desmotivado lembrou-se daquilo que o entusiasmava e fez um espectáculo. A Fog Machine e Outros Poemas para o Teu Regresso, peça entre a música contemporânea e a ambição literária, junta o percussionista natural do Porto ao actor João Reis e ao escritor Gonçalo M. Tavares. Estreia-se esta sexta-feira, no Teatro Aveirense.
A Fog Machine e Outros Poemas para o Teu Regresso poderia muito bem nunca ter saído do papel. Afinal de contas, a ideia por detrás do novo projecto de Nuno Aroso (n. 1978) surgiu numa altura em que o músico dedicado à criação contemporânea não estava a conseguir valorizar o seu trabalho. “As caminhadas para o estúdio estavam a deixar de fazer sentido. Não direi que estava infeliz, mas sentia uma certa inquietação. O [escritor] Jorge de Sena [1919-1978] tem aquele poema em que pergunta: ‘O quê? Para quê? Para quem?’ De certa forma, eram essas as questões que eu estava a fazer: ‘Todo este esforço, toda esta loucura, todos estes sonhos... Para quem é que estou a fazer isto?’”, explica o percussionista ao PÚBLICO.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.