Afinal, drone não salva cães de La Palma? Animais desapareceram e encontraram-se “pegadas”

Depois de semanas a planear o resgate, a Aerocamaras deixou de ver os cães na zona de exclusão do vulcão de La Palma. Um vídeo mostra “pegadas humanas” e uma placa supostamente deixada no local: “Força La Palma. Os cães estão bem.”

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A empresa galega que se disponibilizou a resgatar com recurso a um drone os cães cercados por lava em La Palma não sabe o que dizer: depois de não conseguirem encontrar os animais nos últimos dias, divulgaram agora um vídeo que mostra, dizem, “pegadas que parecem humanas” na zona de exclusão. O local era supostamente inacessível por terra, devido às elevadas temperaturas e aos fluxos de lava. Os voos de helicóptero estão proibidos por razões de segurança.

Pelas redes sociais e nos jornais locais circula um vídeo com uma placa que supostamente terá sido deixada pelas pessoas que retiraram os animais presos há várias semanas. A letras vermelhas lê-se, em espanhol: “Força, La Palma. Os cães estão bem. A Team”, uma clara referência à popular série dos anos 80 Esquadrão Classe A.

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A placa que terá sido deixada no local DR

“Pelo menos tiveram sentido de humor”, disse Jaime Pereira, da Aerocamaras, ao La Vanguardia. O porta-voz da Aerocamaras, empresa especializada em pequenas aeronaves não tripuladas e controladas remotamente que trabalha há semanas na missão de resgate, diz ter visto as pegadas e a placa num dos voos de reconhecimento. “Isto pode explicar a ausência dos animais na zona inspeccionada”, partilharam, no Twitter, onde na última semana têm publicado actualizações diárias dos preparativos para o resgate. “A nossa intenção actual é assegurarmo-nos que os cães foram resgatados e estão bem. Gostaríamos de confirmar isto e poder dar como finalizada a nossa operação em La Palma”, escreveram. 

O vídeo que supostamente mostra a mensagem deixada no local foi partilhado também pela Leales.org, a organização sem fins-lucrativos que contratou a Aerocamaras para retirar os cães. No entanto, a organização não confirma que os animais estejam em segurança. 

A equipa da Aerocamaras deslocou-se para a ilha antes de receber a luz verde para avançar com a missão de transporte de seres vivos com recurso a um drone. Depois de receberem a autorização, a 19 de Outubro, começaram a testar a operação e foram autorizados a fazer voos de reconhecimento da zona onde estão os cães, na localidade de Todoque. Embora os testes tenham sido bem-sucedidos, os cães não foram avistados na quarta-feira, 20 de Outubro.

A Volcanic Life, empresa responsável por alimentar os cães através de drones, não os avistou já na segunda-feira, escreveram, no Facebook.

Jaime Pereira, da Aerocamaras, confirmou que a lona onde escreveram a mensagem deverá estar no local há pelo menos dois dias. No entanto, diz, citado pela La Vanguardia, o vento terá virado o tecido ao contrário e não era possível ler as letras vermelhas. 

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