Ai Weiwei: insensatez

Na sua exposição no Museu e no Parque de Serralves, Ai Weivei entrelaça-se numa série de equívocos.

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Uma arte espectacular que, num impulso mimético, copia a natureza para celebrar o artista

Depois da exposição de Lisboa, Ai Weiwei apresenta-se em Serralves com um conjunto de trabalhos do qual consta um escultura de ferro realizada propositadamente para o Parque. Integrada na paisagem, defronte da quinta, vemo-la despida, os ramos longos e nus, a cor de tijolo ou de terra que ressalta do verde envolvente. Por instantes, com os seus 32 metros, parece pertencer ali, mas o visitante familiarizado com o local perceberá, com facilidade, o artifício. E todo aquele que se aproximar da árvore descobrirá de que é feita: metal. Não é uma coisa natural, antes produto da violência humana, exemplar do poder, da intenção e do engenho do homo faber. Dir-se-ia que celebra essa força contra os elementos naturais, mesmo se esse não foi, diz o artista, o grande desígnio que presidiu ao projecto.

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