A empresa Facebook Inc planeia mudar de nome e o anúncio deverá ser feito na próxima semana, noticia o The Verge nesta terça-feira. O site especializado em tecnologia cita uma “fonte com conhecimento directo” da decisão. Contactado pela Reuters, o gabinete de comunicação do Facebook diz não comentar “rumores e especulações”.

A mudança de imagem terá como objectivo a criação de um “metaverso” – um ambiente digital em que os utilizadores podem “estar” e comunicar através de várias plataformas e vários dispositivos –, numa altura em que a empresa tem sido o alvo central das críticas de políticos e reguladores pelas suas políticas de moderação de conteúdo e potencial impacto negativo da utilização das redes sociais nos utilizadores.

Segundo explica a empresa num comunicado anterior a esta notícia, o “metaverso” é um conjunto de ambientes virtuais que podem ser criados e explorados com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico. “O ‘metaverso’ não é um único produto e não pode ser construído por si só. Tal como a Internet, o ‘metaverso’ existe quer o Facebook lá esteja ou não. E não será construído de um dia para o outro”, lê-se numa nota partilhada pela rede social. Uma das previsões é que estes produtos só estejam inteiramente funcionais daqui a dez ou 15 anos.

O Facebook anunciou no domingo que tenciona criar dez mil novos empregos na União Europeia nos próximos cinco anos com o intuito de ajudar a construir o “metaverso”. A rede social salienta que a Europa é “extremamente importante” para a empresa e “este é um momento emocionante para a tecnologia europeia”. O Facebook diz ainda que a UE tem “uma série de vantagens que a tornam num óptimo lugar para as empresas de tecnologia investirem – um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade”.

“O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de ‘metaverso': trata-se de um projecto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada”, explicava a empresa na altura.