Cartas ao director

Serviço Nacional de Saúde

O PÚBLICO, na sua edição de 17 de Outubro, publicou um texto - “SNS, um apelo: salvaguardar e reforçar, transformando” -, subscrito por um conjunto de personalidade que sublinham a necessidade urgente de uma estratégia, um discurso e acções de mudança que reacendam a esperança no futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS). É mais um documento a juntar a tantos outros publicados, seja com bondosa intenção seja para sossegar consciências. O que parece ser de registar é que os efeitos pretendidos não têm sido significativos e o que é estranho é que se associem nesses apelos signatários que tiveram responsabilidades políticas e técnicas que levaram à situação actual, bem como outros que por interesse pessoal/comercial, são contribuintes líquidos para a situação difícil do SNS.

É de louvar a preocupação pela situação que o SNS vive, mas também seria interessante enaltecer os seus méritos para evitar uma espiral depressiva que em muito contribui para matar a esperança no seu futuro.

João Silva, Coimbra

SNS e linguagem elaborada

O PÚBLICO de domingo é rico em abaixo-assinados. Um, laudatório para Paulo Rangel e outro para defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Do primeiro nada digo, excepto que vem subscrito pelos “passistas” que andavam arredios. Do segundo sim, tenho algo a dizer. Assinado por inúmeras personalidades, lá está o nome do ubíquo padre Vítor Melícias e um outro que, só por si, já me levaria a não o assinar, fosse esse o caso: o de Maria de Belém Roseira.

Mas o que me traz aqui é a linguagem usada no texto. Não sei quem o escreveu, mas se o intuito era que ninguém o lesse, o objectivo foi conseguido. Numa linguagem “encriptada” e entediante, faz difícil o que seria fácil e.... necessário, pois a ideia é pertinente no momento que o SNS se vai desfazendo. Muito bem organizado em itens, usa um léxico que se pretende para todos, mas se torna num “palanfrório forense” que afasta a mais normal das pessoas. Vou mais longe pois acho mesmo que há pessoas nos assinantes que, se o tivessem lido, não colocariam o seu nome por baixo.

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

Façam as vossas apostas

Aproximam-se tempos de grandes decisões no país, é hora de fazer apostas responsáveis pois as possibilidades de ganho são grandes. Fazem-se prognósticos pelo combate de artes marciais entre o ex-juiz Rui Fonseca e Castro e o director nacional da PSP, Magina da Silva. Avalia-se, em casa, na companhia de um balde de pipocas, o combate político pela liderança do PSD na categoria “peso-pluma” entre Rui Rio e Paulo Rangel, e o outro combate na categoria “médio pesado” entre Francisco Rodrigues dos Santos e Nuno Melo, do CDS. Existem ainda super odds acima da média para apostar no desafio entre o Governo e os partidos de esquerda pela aprovação do Orçamento do Estado e um prémio para quem acertar se será a CP ou a TAP a rebentar com o erário público. As estatísticas ajudam-nos a apostar quem será o próximo a fugir do país, quantos médicos e enfermeiros sairão do SNS e os valores máximos a que vai chegar o gasóleo, gasolina, gás e electricidade.   

Emanuel Caetano, Ermesinde

Aristides no Panteão

Completamente de acordo com Rui Tavares. O Panteão parece-me mesmo o local mais certo para que Aristides de Sousa Mendes ali repouse para sempre. Já não estou tão certo assim se todos os outros que lá estão, lá deveriam estar. Estão lá porque os nossos representantes assim o decidiram. Porém, nem sempre decidiram bem tudo o que decidiram. Já quanto a jantaradas, isso é que não. Mais, não.

José Rebelo, Caparica

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