Festival Emergente regressa para dar palco à “nova geração de música portuguesa”

A terceira edição do Festival Emergente decorre entre 15 e 16 de Outubro. Mikee Shite, Sreya, Chinaskee, Bia Maria, Biloba e Los Chapos vão actuar no palco do Capitólio, em Lisboa.

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Dream People Cru.ela

Depois de um ano atípico de Festival Emergente, o evento regressa para dar palco e voz a novos talentos na indústria da música. Para os dias 15 e 16 de Outubro estão programadas conversas, concertos, exposição de videoclipes e entregas de prémios no Capitólio, em Lisboa. Mantendo a adaptação ao online imposta pela edição anterior, este ano também há a hipótese de estar presente no festival através do serviço de streaming.

Adiado por quatro vezes em 2020 e realizado só com público sentado, o Festival Emergente está de volta num evento mais próximo aos moldes da primeira edição: sem lotação máxima e com o público em pé. Com as cadeiras fora do cenário “vamos poder dançar e festejar à vontade”, realça Carlos Gomes, que para além de ser formado em arquitectura, é também produtor de eventos culturais e o director artístico do Festival Emergente. Como explica o responsável, o evento nasceu para “dar espaço e oportunidade aos artistas da nova geração de músicos portugueses”.

Entre os músicos presentes no programa, Carlos Gomes faz questão de salientar que 11 foram seleccionados por open call e os restantes são artistas convidados pela organização. Cada nome tem direito a 30 minutos de actuação. O organizador destaca Mikee Shite, escolha do público que actua a 15 de Outubro às 21h30. Sreya abre o festival às 18h30 e, no mesmo dia, Chinaskee fecha o evento à meia-noite, com a apresentação do seu último álbum.

No dia seguinte, o festival inicia mais cedo com a performance de Bia Maria, às 17h. A artista, segundo o director artístico do evento, vai “revisitar temas da música tradicional portuguesa de forma contemporânea e o festival vai dar-lhe uma roupagem mais electrónica”. Às 20h há Biloba, um grupo composto por músicos da escola de jazz. Los Chapos, de Leiria, é a escolha do júri que vai actuar às 22h30.

Tendo os videoclipes “uma sintonia muito grande com a música e um valor inerente muito próprio”, como o produtor de 52 anos diz, o festival decidiu fazer também um concurso para videoclipes emergentes. Estando seleccionados 14 vídeos, a cada dois concertos vai passar um destes vídeos. A fase final de votação vai decorrer durante o evento: o melhor vídeo (com votos combinados do público e júri) e o melhor realizador (escolhido pelo júri) vão receber um prémio de 500 euros.

As conversas emergentes são a novidade desta edição, a decorrer no último dia do festival no terraço do Capitólio. A primeira conversa, que se realiza entre as 14h30 e as 15h30, vai debater sobre o que se entende por música emergente, as consequências da covid-19, os locais portugueses de espaços e festivais emergentes e a divulgação deste tipo de música nos meios de comunicação. Já a segunda conversa, que decorre das 15h45 às 16h45, tem como tópicos de discussão a divulgação e oportunidades de internacionalização, o processo organizativo destas tours e apoios à gravação em estúdio, contando com testemunhos.

Os bilhetes para o evento estão à venda online e também podem ser adquiridos na entrada do festival: há o bilhete passe a 20 euros, o bilhete diário a 15 euros e o bilhete para a live stream a dez euros. Seguindo as orientações da Direcção Geral de Saúde, é obrigatório o uso de máscara na sala. Contudo, uma vez que é uma sala com capacidade máxima de 900 lugares, o público não precisa de apresentar certificado de vacinação ou teste negativo à covid-19 para aceder ao evento.

Texto editado por Ana Maria Henriques

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