Aquele som era muitas coisas e vemo-las todas em Velvet Underground

O documentário de Todd Haynes, que estreia esta sexta na Apple TV+, mergulha no tempo e no universo específico dos Velvet Underground e não lhe foge um milímetro. É ali, imersos em imagem, rodeados pelo som, que os vemos mais claramente.

Foto
Nat Finkelstein

“Ter medo do que está prestes a acontecer não é um problema. É o nascimento da improvisação”, explica John Cale. “Quero ser rico e quero ser uma estrela rock. E vou sê-lo, independentemente do que achem da minha música”, ameaça Lou Reed. “A minha função era estar lá, e continuar sempre lá quando o Lou e o John voltavam [dos lugares a que a improvisação os levava]”, recorda Maureen Tucker. “Eram tão anti-hippies no tempo do auge hippie. Tão estranho…”, comenta John Waters. “‘Queimar soutiens? Mas que raio se passa com vocês? Não ofereçam flores, façam qualquer coisa, ajudem os sem-abrigo”, explode Mary Woronov, estrela da Factory. “Combinar música, arte e cinema ao mesmo tempo. A maior discoteca do mundo”, sonhava Andy Warhol. “Não irão substituir nada, a não ser o suicídio”, sentenciou Cher depois do primeiro concerto dos Velvet Underground em Los Angeles. “Nós não somos uma subcultura ou a contracultura. Nós somos a cultura!”, exclama Jonas Mekas em Nova Iorque.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar