Médico-legista garante que Gabby Petito foi morta por estrangulamento

A autópsia de Gabby Petito demorou mais de três semanas a ser concluída. O namorado da jovem, Brian Laundrie, de 23 anos, está desaparecido desde o dia 14 de Setembro.

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Uma fotografia do casal Gabrielle Petito e Brian Laundrie Reuters/FLORIDA POLICE

O médico-legista Brent Blue, do condado de Teton, no Wyoming, afirma que Gabby Petito, a jovem que desapareceu numa viagem com o namorado e depois foi encontrada morta no Wyoming, foi vítima de estrangulamento. Segundo o especialista, a jovem de 22 anos foi morta três a quatro semanas antes de o corpo ser encontrado.

A autópsia de Gabby Petito demorou mais de três semanas a ser concluída e contou com a ajuda de especialistas externos. “Era apenas uma questão de garantir que tudo batia certo”, disse o médico-legista numa conferência de imprensa online. “Este caso foi um circo mediático e continua a ser. (...) Infelizmente, esta é apenas uma das muitas mortes em todo o país de pessoas envolvidas em casos de violência doméstica”, lamentou.

O namorado da jovem, Brian Laundrie, de 23 anos, está desaparecido há quase um mês. Foi visto pela última vez no dia 14 de Setembro, quando os pais disseram que foi dar uma caminhada numa zona selvagem próxima de Carlton Reserve, na Florida. A polícia e os agentes do FBI usaram mergulhadores, cães e helicópteros, mas não encontraram nenhum sinal dele.

Gabby Petito foi vista pela última vez no dia 26 de Agosto e o seu corpo foi encontrado num parque florestal no estado do Wyoming, no dia 21 de Setembro. O caso do casal Petito e Laundrie, que moravam com os pais do rapaz em North Port, tornou-se mediático em todo o país.

Os jovens embarcaram numa aventura no início de Julho. Enquanto viajavam pelo Kansas, Colorado, Utah e por pontos mais a oeste, Gabby documentava a viagem nas redes sociais com vídeos e fotografias que mostravam um casal apaixonado. A última foto publicada no Instagram da jovem foi no dia 25 de Agosto, o mesmo dia em que falou pela última vez com a mãe por telefone.

Brian voltou para a casa em North Port, na Florida, sem a jovem no dia 1 de Setembro. Dez dias depois, a mãe da Gabby, Nicole Schmidt, relatou o seu desaparecimento à polícia em Nova Iorque. Com as investigações a tornarem-se cada vez mais mediáticas, a polícia da Florida nomeou o jovem como uma pessoa de interesse no caso.

A polícia de Moab divulgou no dia 15 de Setembro imagens de um vídeo que sugeriu um lado mais sombrio do casal. Depois de um interlocutor ter relatado que viu Brian a atacar Gabby, a polícia mandou parar a carrinha do casal no dia 12 de Agosto e interrogou-os durante uma hora. Ambos reconheceram ter discutido, e Gabby, a chorar, admitiu ter batido em Brian no braço. Nenhuma acusação foi feita, mas a polícia ordenou que os dois passassem a noite em quartos separados.

No dia 23 de Setembro, o júri federal em Wyoming indiciou Brian sob a acusação de usar fraudulentamente o cartão de débito da jovem entre 30 de Agosto e 1 de Setembro e gastar mais de mil dólares. Brian não foi acusado da morte da jovem.

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