Idosos com 80 ou mais anos recebem 3ª dose a partir de quinta-feira. OE prevê mais 700 milhões para SNS

As principais notícias desta segunda-feira, dia 11 de Outubro, sobre a pandemia de covid-19.

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Adriano Miranda

Os idosos com 80 ou mais anos vão começar na quinta-feira a ser convocados para receber a terceira dose de reforço da vacina contra a covid-19. A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, avançou esta segunda-feira, em entrevista à RTP, que "passaram 14 dias desde a dose da gripe para as primeiras pessoas nos lares e, portanto, vão as equipas aos lares vacinar contra a covid os primeiros que foram vacinados contra a gripe. Depois, na quinta-feira, começarão a ser convocadas pessoas com 80 ou mais anos.” A partir daí, a vacinação deverá seguir por ordem decrescente nas faixas etárias, como é habitual.

Noutros países, a administração dos reforços já está em curso há várias semanas. Grande parte optou, para já, por vacinar apenas os idosos e os mais vulneráveis à doença. Entre Setembro e Outubro, vários países começaram ou vão começar a administrar doses de reforço a pessoas que já foram completamente vacinadas contra a covid-19, num esforço para reforçar a imunidade à doença e para prevenir os possíveis efeitos da combinação pouco saudável entre o SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios nos meses mais frios que se aproximam.

O grupo de peritos de aconselhamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) considera “aceitável” a administração em simultâneo das vacinas contra a gripe e contra a covid-19, não apresentando um aumento de eventos adversos, embora ainda não tenha sido emitida uma orientação oficial.

Segundo o parecer do grupo de aconselhamento, tendo em conta que a faixa etária prioritária para receber a vacina sazonal contra a gripe também é considerada de risco para situações de covid-19 mais graves, a co-administração das duas vacinas permitirá imunizar um maior número de pessoas contra as duas doenças.

Já a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) começou esta segunda-feira a avaliar um pedido de autorização da comercialização na União Europeia do Ronapreve — uma combinação de anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab para prevenir e tratar a covid-19 em pessoas a partir dos 12 anos que não necessitem de oxigénio suplementar e que apresentem risco acrescido de evoluir para doença grave. O medicamento foi desenvolvido numa parceria entre a farmacêutica Roche Registration GmbH e a Regeneron Pharmaceuticals.

Mais sete mortes em Portugal

Os números divulgados pela DGS esta segunda-feira mostram que Portugal se encontra nos limites da área verde da matriz de risco que monitoriza a evolução da situação epidemiológica no país. O índice de transmissibilidade do vírus, o R(t), subiu para 0,95 tanto a nível nacional como continental. A incidência, por sua vez, desceu e fixa-se actualmente em 82,9 casos de infecção por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias, em Portugal, e em 82,7 no território continental.

Portugal registou, no domingo, sete mortes e 327 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Foram também reportadas mais 308 recuperações.

O país contabiliza um total de 18.048 óbitos por covid-19 e 1.075.639 casos confirmados de infecção, desde o início da pandemia. Há mais 22 pessoas hospitalizadas esta segunda-feira (num total de 356). Entraram também mais três pessoas nas unidades de cuidados intensivos (num total de 58).

Um Orçamento do Estado à medida da pandemia

O Governo compromete-se a começar a concretizar o regime de dedicação plena dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que estava acordado com os partidos de esquerda desde 2019, mas que foi adiado por causa da pandemia de covid-19. Na entrega, na Assembleia da República, da proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, o ministro das Finanças João Leão anunciou “mais 700 milhões de euros para o Serviço Nacional de Saúde”. Entre as medidas previstas estão a de mais contratações de profissionais de saúde.

O orçamento da saúde vai aumentar “703,6 milhões de euros” em 2022, um acréscimo de 6,7% face ao ano anterior. “O Programa Orçamental da Saúde evidencia, no orçamento de 2022, uma dotação da despesa total consolidada de 13,578,1 milhões de euros" e uma “receita total consolidada” de “13,580,3 milhões de euros”, aumentando “703,6 milhões de euros (6,7%)”, lê-se na proposta de Orçamento do Estado para 2022. A despesa com pessoal cresce 4,1%, ascendo a um total de 5,233,8 milhões de euros.

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