Selecção sub-21 já lidera a qualificação para o Europeu

Fábio Vieira fez o único golo de Portugal no triunfo na Islândia.

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Fábio Vieira fez o golo do triunfo português LUSA/JOSE COELHO

Três jogos, três vitórias e os adversários, com mais partidas disputadas, a correr atrás. Tudo está a correr bem à selecção nacional sub-21 na qualificação para o Euro 2023, mais ainda depois do triunfo desta terça-feira frente à Islândia, por 1-0.

Com este resultado, Portugal chegou à liderança do grupo D – e só essa posição dá apuramento directo –, com nove pontos, mais um do que a Grécia, que até já tem mais uma partida disputada.

Antes deste jogo em Reiquiavique, Rui Jorge tinha dito “se tivermos simplicidade faremos um bom jogo”, mas Portugal foi tudo menos simples no seu processo de jogo. Com um meio-campo recheado de jogadores de perfil técnico (Tiago Dantas, Vitinha, André Almeida e Fábio Vieira), Portugal levou ao relvado sintético da capital islandesa num 4x4x2 losango que, em tese, permitiria controlar o jogo com bola – também por aí a opção de Rui Jorge de não ter um verdadeiro médio defensivo, confiando num jogo de constante ataque posicional.

Ainda assim, na primeira parte, Portugal fez duas coisas que raramente faz: não esmagar o adversário no controlo da bola (50% para cada equipa) e ceder muitas oportunidades de golo. O jogo português pareceu viver uma contradição, já que o perfil associativo dos criativos esbarrou na constante procura de cruzamentos para a área.

Já a Islândia, muito acutilante e directa no ataque à baliza, pareceu surpreender pela postura tão ofensiva e aproveitou o meio-campo macio de Portugal para criar jogadas em zona frontal à área portuguesa.

E foi o guarda-redes Celton Biai quem evitou que Portugal fosse para o intervalo com vários golos sofridos. Em grande estilo, sempre com defesas vistosas, o guardião do Vitória de Guimarães foi o mais forte aos 10’, aos 16’, aos 19’ e aos 22’, evitando quatro golos islandeses, ora pelo ar, ora pelo chão.

O desempenho tremendo de Biai foi aquilo que de melhor houve para contar do jogo português, já que a selecção de Rui Jorge apenas teve duas boas oportunidades: uma para Gonçalo Ramos, outra para Fábio Silva.

Após o intervalo, aos 55’, Portugal conseguiu aproveitar um erro islandês na construção – algo raro até então. A bola sobrou para Fábio Vieira, que na gíria futebolística aplicou o chamado “cabrito” para ultrapassar um adversário e finalizar, depois, de pé esquerdo.

Com um erro islandês, Portugal conseguiu desbloquear um jogo que estava muito complicado. A perder, a Islândia começou a apressar o seu futebol e a cometer mais erros – e nesta fase havia ainda menos jogadores em zona defensiva para os remediar.

Portugal começou, assim, a somar mais lances de perigo e, depois de Celton Biai na primeira parte, foi Jökull Andrésson quem brilhou na segunda: o guardião ganhou duelos com Fábio Silva, Fábio Vieira, Tiago Tomás e duas vezes com Gonçalo Ramos.

O jogo entrou, nos últimos 15 minutos, numa fase mais “morna”. A Islândia revelou dificuldades a jogar em ataque posicional e Portugal, quando tinha a bola, “matava” o jogo aos poucos, fazendo os islandeses correrem atrás dela – e havia vários “artistas” capazes disso.

Aos 90+5’, já com o guarda-redes na área de Portugal, a Islândia esteve perto do golo numa bola parada e, no contra-ataque, de baliza aberta, Portugal marcou. O lance foi, porém, invalidado por fora-de-jogo.

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