Pais empoleirados em janelas para visitar filhos internados. “Algo menos correcto aconteceu”

No Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa só no dia 7 deste mês voltou a haver visitas aos jovens entre os 15 e os 25 anos ali internados. Durante quase dois anos, os pais tiveram de falar com os filhos através de janelas fechadas, por vezes empoleirados em escadotes ou corrimões. Administração diz que não sabia.

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Os pais falavam com os filhos nas três janelas mais à direita do Pavilhão 24-A D.R.

“Na janela um e dois dá para falar melhor, porque há uma portinhola aberta em cima. A terceira janela está totalmente fechada e é muito alta. Só podemos estar quinze minutos em cada uma. Depois passamos para as outras. Hoje estive sempre na mesma janela porque não veio mais ninguém, mas quando há muita gente temos de dar a vez. Também é mau quando passam aviões, porque deixamos de nos ouvir.” Há mais de duas semanas que a namorada de João Fernandes, 18 anos, está internada no Serviço Partilhado de Adolescentes e Jovens Adultos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), antigo Hospital Júlio de Matos. E até à passada quinta-feira as visitas foram assim. 

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“Na janela um e dois dá para falar melhor, porque há uma portinhola aberta em cima. A terceira janela está totalmente fechada e é muito alta. Só podemos estar quinze minutos em cada uma. Depois passamos para as outras. Hoje estive sempre na mesma janela porque não veio mais ninguém, mas quando há muita gente temos de dar a vez. Também é mau quando passam aviões, porque deixamos de nos ouvir.” Há mais de duas semanas que a namorada de João Fernandes, 18 anos, está internada no Serviço Partilhado de Adolescentes e Jovens Adultos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), antigo Hospital Júlio de Matos. E até à passada quinta-feira as visitas foram assim.