Skateboarder octogenário aprende novos truques em Osaka

Aos 81 anos, o japonês Yoshio Kinoshita passa quase todas as manhãs no skate park com skaters mais jovens.

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Reuters/AKIRA TOMOSHIGE
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Yoshio Kinoshita começou a andar de skate há apenas dois anos, quando comprou um que viu num mercado de venda de produtos não reclamados, que são deixados nos perdidos e achados dos comboios. Então, o skate custou pouco mais de seis euros (800 ienes). Tratou-se de uma compra impulsiva, admite o homem de 81 anos, mas que lhe mudou a vida.

Agora, aprende truques num parque para skaters em Osaka. Quase todas as manhãs, Kinoshita desloca-se até à pista de skate e anda nas rampas, ouvindo os conselhos dos skateboarders, mais novos do que ele, várias décadas. “São todos meus professores”, diz o homem, que trabalhou como técnico na indústria de construção antes de se reformar e ainda trabalha, em part-time, num estacionamento para bicicletas.

“No início, andava agarrado aos corrimãos”, recorda. Agora já domina as curvas de 180 graus e outros truques. Num país que possui a sociedade mais envelhecida do mundo, em que mais de 35% da sua população terá 65 ou mais anos até 2050, Kinoshita recomenda o skate como forma de prevenir a demência. “Em vez de perder o juízo, acho que o skate melhora a minha capacidade de pensar, mesmo que seja apenas um pouco.”

“Para pessoas [mais velhas] como eu, que tentam aprender coisas novas, se não praticarmos um pouco todos os dias, esqueceremos como fazê-lo imediatamente”, constata. “É por isso que acho que devo vir aqui e praticar todos os dias”, justifica.

Kinoshita, que tem dois filhos e dois netos, refere que assistiu com admiração às provas dos atletas que marcaram presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, este Verão. Recorde-se que as três medalhadas, na competição feminina de skate de rua, eram adolescentes, incluindo a medalha de ouro, a japonesa Momiji Nishiya, 13 anos.

“Elas são realmente incríveis”, elogia Kinoshita. “Para ser sincero, não consigo superar as crianças de 5, 4 ou 3 anos de idade. Com toda a certeza.”

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