Fantasma contra fantasma no palco da Culturgest
Bruno Bravo assina uma ousada visão do romance de Gaston Leroux que Andrew Lloyd Webber transformou em musical tão popular quanto xaroposo.
Há um fantasma na Ópera de Paris. Mas isso já se sabe, está até no título. É um fantasma especial, em primeiro lugar por estar vivo, depois porque nos recônditos do edifício procura obstinadamente concluir a sua obra-prima. Um artista, portanto. Um compositor, recluso e esquivo por mor de uma deformação, a quem falta uma musa que, quando encontrada, ele próprio tornará também a cantora de sonho que precisa. E uma grande paixão pintada em tons de cinzento-escuro e negro trágico.