Prata para Iúri Leitão nos Europeus de pista

Segunda prata para Portugal em dois dias de competição.

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Leitão (à esquerda) conquistou a prata na Suíça EPA/FOCKE STRANGMANN

Prata para João Matias na terça-feira, prata para Iúri Leitão na quarta. Nos Europeus de ciclismo de pista, na Suíça, o corredor de 23 anos terminou a corrida de pontos no segundo lugar (61 pontos), garantindo a segunda medalha de prata para Portugal em dois dias de competição. O ouro foi ganho pelo francês Benjamin Thomas (81 pontos) e o bronze ficou para o russo Vlas Shichkin (53 pontos). Esta foi a quarta medalha para Leitão em Europeus, depois de em 2020 ter conquistado ouro em scratch, prata na eliminação e bronze no omnium.

O ciclista minhoto, que no próximo ano vai correr na equipa Caja Rural, fez questão de estar desde início na frente da corrida e, a par de Thomas, mostrou uma tremenda superioridade durante toda a prova.

A modalidade de corrida por pontos prevê que durante 160 voltas sejam feitos sprints em vários momentos, sendo atribuídos pontos aos quatro primeiros. Há, depois, 20 pontos para atribuir a cada ciclista que der uma volta de avanço ao pelotão principal.

Iúri Leitão venceu os cinco pontos do primeiro sprint, quatro no segundo e foi buscar mais 20 ainda antes do marco das 40 voltas feitas. Estava cravada a vantagem que serviria de base para a gestão da corrida.

A partir daqui, entrou ao serviço o francês Benjamin Thomas, claro favorito ao ouro, vencendo três sprints consecutivos. Leitão percebeu que era ali que estaria o “ouro” e começou a correr na roda do gaulês.

Juntos, conseguiram entrar num pequeno grupo que deixou os ciclistas da Rússia e da Grã-Bretanha para trás – e foi aqui que tudo ficou definido para o português, tendo ganho pontos aos principais rivais na luta pelas medalhas. Nas últimas dez voltas o português só precisou de gerir a vantagem pontual e, claro está, seguir na roda do ciclista mais forte, o francês Thomas.

Maria “Tata” Martins não foi feliz na corrida de eliminação, terminando em 9.º lugar. A ciclista portuguesa, que conquistou um diploma olímpico nos Jogos de Tóquio, nunca pareceu confortável, escapando várias vezes à eliminação por escassos centímetros.

Apesar de gostar de correr na parte de trás do grupo, a corredora arriscou bastante nessa estratégia e a eliminação (que castiga uma ciclista a cada duas voltas) parecia uma questão de tempo.

Tata Martins acabou mesmo por ceder na segunda eliminação após a interrupção da corrida devido uma queda no pelotão e falhou a conquista de mais uma medalha na pista, vertente em que já arrecadou dez “metais” entre Mundiais e Europeus.

Para esta quinta-feira há uma agenda bem recheada de atletas portugueses. Maria Martins estará na prova de omnium, Rui Oliveira correrá no scratch e a dupla de João Matias e Iúri Leitão estará no evento de perseguição individual.

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