Presidente da República visita navio-patrulha “Zaire”, em missão em São Tomé

Marcelo Rebelo de Sousa chegou na sexta-feira a São Tomé e Príncipe para a cerimónia de posse do novo Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, que acontecerá este sábado de manhã.

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Zaire está em São Tomé LUSA/MIGUEL FIGUEIREDO LOPES/PRESIDÊ
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Marcelo Rebelo de Sosua durante a visita LUSA/MIGUEL FIGUEIREDO LOPES/PRESIDÊ
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Mrcelo à entrada do navio-patrulha Zaire, da Marinha Portuguesa LUSA/MIGUEL FIGUEIREDO LOPES/PRESIDÊ

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visita neste sábado o navio-patrulha Zaire, da Marinha Portuguesa, que desde 2018 se encontra em missão em São Tomé e Príncipe, no âmbito de um acordo bilateral.

O Chefe de Estado português chegou na sexta-feira a São Tomé e Príncipe para a cerimónia de posse do novo Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, que acontecerá este sábado de manhã.

Depois de na sexta-feira à noite, na capital, São Tomé, Marcelo Rebelo de Sousa ter condecorado o Presidente são-tomense cessante, Evaristo Carvalho, no salão nobre da chancelaria da Embaixada de Portugal neste país lusófono, hoje à tarde, pelas 15h30 (hora local, menos uma hora em Portugal continental), Marcelo visita o navio-patrulha Zaire, da Marinha Portuguesa.

O Zaire encontra-se em missão em São Tomé desde Janeiro de 2018 no âmbito de um acordo bilateral, sendo esta uma missão “de longa duração”, adiantou à Lusa o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

“Esta missão é enquadrada no âmbito do apoio que Portugal tem vindo a realizar na ajuda à capacitação das Marinhas e Guardas Costeiras dos países amigos na região do Golfo da Guiné, procurando, desta forma, ajudar a reforçar a segurança marítima e a protecção dos recursos marinhos nas respectivas áreas de soberania e jurisdição dos países visitados”, acrescenta o EMGFA.

Este navio-patrulha, operado por uma guarnição mista, actualmente com 23 militares portugueses e 13 são-tomenses, visa contribuir para a formação da guarda costeira são-tomense, reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos neste país e a segurança na região do Golfo da Guiné.

Entre os objectivos desta missão está a criação de “condições de sustentação logística e de permanência do NRP Zaire, em São Tomé e Príncipe”, reforço da “confiança mútua e a consciencialização sobre a importância da segurança marítima”, o apoio ao desenvolvimento da legislação e da governança marítima, à edificação da capacidade operacional da guarda costeira deste país e a realização de actividades operacionais de fiscalização marítima conjunta.

Em declarações à agência Lusa, no passado dia 28 de Setembro, o ministro da Defesa Nacional português, João Gomes Cravinho, adiantou que o navio Zaire “continuará em São Tomé durante a sua vida útil”, não se sabendo neste momento quantos anos serão, apontando que “as dificuldades de manutenção do navio não aconselham a que passe para as autoridades são-tomenses”.

“Enfim, seria dar-lhes um presente algo “envenenado” porque a Marinha Portuguesa tem que continuar a investir com muita regularidade na manutenção do Zaire e, portanto, o que está previsto é simplesmente a continuidade do Zaire em São Tomé para o desempenho dessas duas funções de apoio à soberania e de formação”, aditou.

Gomes Cravinho disse ainda que “a missão continuará para o futuro previsível”, não havendo uma data prevista para “fechar a missão”.

“Acreditamos que [a missão] desempenha essas duas funções de forma muito útil e, portanto, estamos disponíveis para que essa formação continue”, disse.

Entre as actividades desempenhadas pelo Zaire no mar, o EMGFA destaca a realização de 30 missões de fiscalização conjunta, a participação em 10 exercícios internacionais, 18 acções de busca e salvamento marítimo, 12 acções de segurança marítima em resposta a incidentes relacionados com a pirataria e a realização de missões de apoio logístico e sanitário a diversas entidades são-tomenses.

Também em terra, foram desenvolvidas pelo Zaire várias acções junto das autoridades locais e da população em geral, destacando-se este ano, o apoio logístico-sanitário ao hospital central da capital, Hospital Dr. Ayres de Menezes, “com o transporte de garrafas de oxigénio entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, assim como a cedência de quatro das suas garrafas” e ainda o apoio na vacinação contra a covid-19 aos elementos da Embaixada Portuguesa.

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