Rodrigo Duterte diz que vai reformar-se da política em 2022

Presidente das Filipinas, que termina o seu primeiro e único mandato possível em 2022, garante que não vai candidatar-se à vice-presidência do país no próximo ano.

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Duterte foi eleito em 2016 com a promessa de reprimir o tráfico e o consumo de drogas de forma violenta Reuters/POOL

O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, disse este sábado que não vai concorrer à vice-presidência do país nas eleições do próximo ano, e anunciou que vai retirar-se da política quando terminar o seu mandato.

Rodrigo Duterte, de 76 anos, não pode voltar a candidatar-se à Presidência do país em 2022, já que a Constituição filipina só permite um mandato de seis anos. Quando anunciou que tinha a intenção de se candidatar à vice-presidência, a oposição fez saber que iria contestar a decisão nos tribunais.

Quando assumiu o cargo, em 2016, Duterte lançou uma violenta campanha de repressão do tráfico e do consumo de estupefacientes, ao mesmo tempo que apelou aos cidadãos que matassem traficantes e consumidores. Até Fevereiro passado, mais de seis mil pessoas foram mortas em operações das autoridades filipinas — um caso que está a ser investigado pelo Tribunal Penal Internacional.

As Filipinas entraram esta sexta-feira numa longa época de eleições, com o início das inscrições para as eleições presidenciais de Maio de 2022 para a escolha de um sucessor do popular e controverso Duterte.

O primeiro a apresentar documentos à Comissão Eleitoral do país foi a lenda do boxe filipino Manny Pacquiao, que anunciou que vai abandonar os ringues para se concentrar na luta presidencial.

Outros candidatos que se apresentaram para concorrer à presidência incluem o actor Francisco Domagoso, actual presidente da Câmara de Manila, e o antigo chefe da polícia filipina Panfilo Lacson.

Os candidatos têm até 8 de Outubro para registar a participação nas eleições, em que os cargos de Presidente e de vice-presidente são eleitos de forma directa e separadamente.

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