Militares começam a distribuir combustível na segunda-feira no Reino Unido

Quase 200 membros das Forças Armadas, dos quais 100 são condutores, que receberam formação de emergência, serão destacados para aliviar a situação que tem provocado longas filas de horas de espera para reabastecer.

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Mais de um quarto das gasolineiras independentes do Reino Unido continuavam esta sexta-feira com as bombas vazias EPA/STRINGER

Os militares do Exército britânico começam esta segunda-feira a distribuição de combustível nas gasolineiras para amenizar a falta de transportadoras, que motivou o encerramento de muitos postos de gasolina, anunciou este sábado o Governo britânico.

Quase 200 membros das Forças Armadas, dos quais 100 são condutores, que receberam formação de emergência, serão destacados para aliviar a situação que tem provocado longas filas de horas de espera para reabastecer.

Apesar de o Governo e das grandes petrolíferas terem insistido, nos últimos dias, que a situação se “estabilizou”, mais de um quarto das gasolineiras independentes do Reino Unido continuava esta sexta-feira com as bombas vazias, segundo a Associação Nacional de Retalhistas.

Num comunicado de imprensa difundido este sábado, o Ministério do Gabinete (semelhante ao Conselho de Ministros), indicou que os 200 militares, que fazem parte do corpo de Tanques do Exército, darão “apoio temporário”, dentro das medidas que o Governo tem adoptado para combater a falta de motoristas.

O país “ainda enfrenta desafios”, apesar de a procura “ter estabilizado”, refere a nota de imprensa.

Também será permitida a entrada temporária de imediato de 300 camionistas estrangeiros, que poderão permanecer no Reino Unido para trabalhar até ao final de Março de 2022.

O executivo acrescenta que está a tomar outras medidas provisórias contra as pressões que a cadeia de distribuição alimentar está a sofrer, também causada pela falta de mão-de-obra, que é atribuída “à pandemia e à recuperação da economia global em todo o mundo”, refere o documento, que não menciona o Brexit.

Entre essas medidas, está a chegada, em finais de Outubro, de outros 4700 camionistas, que ficarão até final de Fevereiro, e 5500 trabalhadores do sector avícola que também terão permissão para entrar no país, com visto até 31 de Dezembro.

“A introdução destes vistos temporários não nos desvia do nosso compromisso de elevar a qualificação e aumentar os salários do nosso mercado de trabalho, mas reconhece as circunstâncias extraordinárias que afectam a estabilidade da cadeia de abastecimento do Reino Unido”, sublinha o Governo.

O ministro das Empresas, Kwasi Kwarteng, destacou que “não há escassez de combustível” no país, pelo que as pessoas “deveriam continuar a abastecer com normalidade”, e pediu aos cidadãos que não se deixem levar pelo pânico para permitir que as coisas “possam voltar à normalidade”.

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