“Brexit”: cartão de cidadão deixa de ser válido para entrar no Reino Unido a partir desta sexta-feira

Os portugueses de visita ao Reino Unido passam a ter de apresentar um passaporte biométrico. Uma excepção é aberta para os europeus ou familiares com estatuto de residência no país, que vão poder continuar a usar os cartões de identidade pelo menos até 2025.

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Reuters/MAL Langsdon

Os portugueses de visita ao Reino Unido deixam, a partir desta sexta-feira, de poder usar apenas o cartão de cidadão para entrar no país, passando a ter de apresentar um passaporte biométrico, na sequência do “Brexit”. 

A medida já estava prevista no âmbito do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e afecta todos os países do bloco europeu que usam cartões de identidade, bem como a Suíça, a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein. 

Uma excepção é aberta para os europeus ou familiares com estatuto de residência no país, que vão poder continuar a usar os cartões de identidade para viajar pelo menos até 31 de Dezembro de 2025.

O Governo britânico alega que esta forma de documento é menos segura, e quer colocar todos os visitantes internacionais ao mesmo nível, passando a exigir um passaporte biométrico. 

Além de ser “mais rápido de processar” pelos agentes nos postos de fronteira, refere, o passaporte também pode ser usado nos e-Gates, os portões automáticos de controlo existentes nos aeroportos. 

O sector do turismo é um dos que poderão sentir o impacto da medida, já que a emissão de passaporte é um custo adicional que nem todos estão dispostos a suportar, o qual ascende a 65 euros em Portugal, ou 95 euros, se for um pedido urgente. 

Um estudo realizado pela organização nacional de turismo VisitBritain junto de viajantes europeus no início do ano concluiu que 8% admitiam deixar de viajar para o Reino Unido, se isso implicasse pedir um passaporte. O Reino Unido recebeu cerca de 40 milhões de visitas de pessoas da UE em 2019.

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