Benfica sem piedade de um Barcelona em crise

O clube da Luz derrotou nesta quarta-feira o Barcelona por 3-0 em jogo da segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

A festa dos jogadores do Benfica após mais um golo contra o Barcelona
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A festa dos jogadores do Benfica após mais um golo contra o Barcelona LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
Rafa foi um dos melhores do Benfica
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Rafa foi um dos melhores do Benfica EPA/MANUEL DE ALMEIDA
Darwin marcou dois golos
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Darwin marcou dois golos EPA/MANUEL DE ALMEIDA
Jorge Jesus viu o Benfica obter um resultado histórico
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Jorge Jesus viu o Benfica obter um resultado histórico Reuters/PEDRO NUNES
Momento do jogo entre o Benfica e o Barcelona
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Momento do jogo entre o Benfica e o Barcelona Reuters/PEDRO NUNES

Se este início de temporada tem sido de sonho para o Benfica, que no campeonato nacional soma sete vitórias em outros tantos jogos, liderando isolado a competição, a noite desta quarta-feira foi perfeita para o clube da Luz, que derrotou o Barcelona por 3-0 na Champions. Uma vitória que a certa altura da primeira parte até pareceu poder vir a estar tremida, mas que no final da partida, demonstra a capacidade “encarnada” de tirar proveito de um emblema catalão em clara crise de identidade.

“Com o mal dos outros podemos nós bem”, costuma dizer-se. E o Benfica fez isso mesmo, nesta quarta-feira na Luz, contra o poderoso Barcelona, que na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões já tinha sido derrotado em sua casa por 0-3 pelo Bayern Munique e que ainda está a lamber as feridas deixadas pela saída de Messi de Camp Nou.

Um golo logo aos 3’, numa jogada individual espectacular de Darwin Nuñez, deu tranquilidade e empolgamento aos benfiquistas e aumentou a pressão sobre os catalães, que em seis jogos na Liga espanhola apenas venceu três, empatando os restantes.

Jorge Jesus apostou no mesmo “onze” que tinha ido ganhar a Guimarães no fim-de-semana e deu-se bem. Darwin começou o jogo cheio de garra e Rafa era um “acelerador de partículas” quando pegava na bola, com Yaremchuk a ser a referência ofensiva dos benfiquistas que tentaram condicionar a saída de bola do Barcelona, tendo sempre alguém por perto de Busquets.

E se numa fase inicial isso foi conseguido, a partir do momento em que Depay passou a recuar um pouco no terreno para tabelar com Pedri e Frenkie de Jong, o Benfica passou a sentir dificuldades. O espanhol, ainda com alguma falta de ritmo após recuperar de uma lesão, mexia-se muito bem entre linhas e era uma dor de cabeça para João Mário ou Weigl o pararem. Quanto ao holandês, com uma visão de jogo sublime, desenhava passes que desequilibravam o sector mais recuado dos homens da casa.

Com cruzamentos para a área ou triangulações simples pelo centro do terreno, o Benfica sofreu praticamente até ao intervalo. Foram várias as oportunidades de golo que o Barcelona desperdiçou nesta fase. Luuk de Jong, Frenkie de Jong, Pedri e Depay tiveram nos pés oportunidades claras para repor a igualdade. Mas Lucas Veríssimo e a falta de pontaria dos jogadores do Barcelona permitiram ao Benfica conservar a curta vantagem até ao descanso, numa fase de jogo em que as “águias” sofreram mais do que fizeram sofrer.

No segundo tempo, Ter Stegen quase ofereceu o segundo golo aos benfiquistas, com uma saída da baliza completamente a destempo, mas Darwin, com a baliza do “Barça” sem ninguém, teve pontaria a mais e a bola acertou no poste esquerdo.

Koeman decidiu-se então por fazer mexidas no seu “onze”, tentando dar maior acutilância ofensiva ao seu ataque. De uma só vez, o treinador neerlandês que orientou os “encarnados” na temporada de 2005/06 fez entrar Nico González, Ansu Fati e Philippe Coutinho. Só que, no minuto seguinte, uma jogada de insistência dos “encarnados” quase concluída por João Mário, fez a bola sobrar para Rafa que, na pequena área, não desperdiçou (69’).

Foi um golpe fatal para o Barcelona, que a partir desse momento nunca mais foi capaz de incomodar Vlachodimos. Os jogadores catalães baixaram os braços e viram ainda o árbitro do encontro, dez minutos depois, a assinalar uma grande penalidade a favor dos “encarnados” a castigar mão na bola de Dest, após cabeceamento de Gilberto. Penálti que Darwin converteu, bisando na partida.

Com o Estádio da Luz eufórico, o jogo foi-se esticando para o seu final e não terminaria sem que o Barcelona terminasse em inferioridade numérica devido à expulsão de Eric Garcia, por acumulação de cartões amarelos, numa noite de pesadelo para os catalães e de sonho para os benfiquistas.

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