Os esqueletos e os fantasmas entre Portugal e Brasil

Em estreia na BoCa, Brasa é mais um capítulo de Tiago Cadete na sua investigação artística sobre a relação entre os dois países. Esta quarta no Teatro das Figuras (Faro), de 14 a 17 de Outubro nas Carpintarias de São Lázaro, Lisboa.

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Afonso Sousa e Tiago Cadete

Brasa é um espectáculo partido ao meio. Com lado A e lado B, como se fosse um disco de vinil. Dois lados separados pela imagem de um fogo, um incêndio, uma necessidade de queimar para construir de novo. Mas é um espectáculo partido ao meio porque também os seus intérpretes vivem divididos entre dois territórios, entre o país onde nasceram, cresceram e do qual conhecem os códigos de trás para diante, e o país que se tornou o seu destino de migração, onde a sensação de segurança nunca é a mesma. Dois territórios concretos: Portugal e Brasil. Não interessa se um é A e outro é B, interessa que as vidas de Gaya de Medeiros, Julia Salem, Keli Freitas, Magnum Alexandre Soares e Tiago Cadete (em palco), mais Ana Lobato, Dori Nigro, Gustavo Ciríaco, Isabél Zuaa e Raquel André (em vídeo) decorrem nestes dois países, por força do seu trânsito migratório.

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