Jean Moulin, o herói da Resistência Francesa que dormiu na pensão Algarve

Um “colectivo” de quatro pessoas quis homenagear um herói esquecido da Resistência Francesa que passou por Lisboa em 1941. A “Quinzena Jean Moulin” começa amanhã: filmes, exposições, um debate e um livro.

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Em Setembro de 1941, Jean Moulin sai clandestinamente de Marselha, passa por Barcelona e chega a Lisboa no dia 12, onde ficará até 20 de Outubro

Quando o Exército alemão entrou em Chartres, o prefeito, desobedecendo às ordens do ministro do Interior, não fugiu. Rendeu-se e pediu para não haver sangue. Houve. Perante a resistência de soldados senegaleses desarmados (que já não obedeciam a ordens do esfrangalhado Exército francês) os alemães executaram os insurgentes e violaram e massacraram mulheres e crianças. Jean Moulin — era este o nome do prefeito, um presidente da câmara — é chamado ao Hôtel de France, onde as autoridades alemãs se tinham instalado. Contam-lhe a história ao contrário (teriam sido os senegaleses os criminosos) e pedem-lhe que assine um papel a comprovar o “facto”. Moulin recusa. Agridem-no e prendem-no. Na prisão, faz uma tentativa de suicídio com um pedaço de vidro que o obrigará a usar para o resto da vida (pouco mais tempo) um característico cachecol.

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