Só (mais) um milagre pode salvar Europa na Ryder Cup

EUA lideram por seis pontos (11-5) para jornada final de 12 partidas de singulares

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Justin Thomas e Jordan Spieth venceram em foursomes no sábado de manhã © PGA Tour

A equipa dos EUA apresentou-se para a 43.ª Ryder Cup com seis jogadores estreantes e oito abaixo dos 30 anos, mas a inexperiência não está a ser um factor negativo para ela. Pelo contrário, o que tem prevalecido no Whistling Straits Golf Club, em Sheboygan, Wisconsin (EUA) é o real valor dos seus elementos. É que oito fazem parte do top-10 do ranking mundial. 

O domínio dos norte-americanos face aos europeus tem sido de tal maneira avassalador que hoje partem para jornada com seis pontos de vantagem (11-5) e a precisar apenas de 3,5 nas 12 partidas de singles para reconquistar o troféu que lhes fugiu em quatro das últimas cinco edições, incluindo na última, em 2018, em Paris. 

Nas quatro sessões de pares o melhor que a Europa comandada pelo irlandês Padraig Harrington conseguiu foi um empate (2-2) na quarta, na tarde de sábado, em fourball. Perdeu as três anteriores por 3-1. Dos cinco pontos que averbou até ao momento, três foram conquistados pela dupla espanhola composta Jon Rahm (n.º 1 mundial) e Sergio Garcia. 

Um dos momentos mais célebres da Ryder Cup foi o “Milagre de Medinah”, em 2012, quando a Europa, no Medinah Country Club, estado norte-americano do Illinois, partiu para domingo com uma desvantagem de quatro pontos (6-10) e conseguiu dar a volta para vencer. Mas desta vez a diferença pontual é ainda maior... 

Na sexta-feira, os oitos encontros de pares tinham terminado com os EUA comandar por 6-2. Sábado jogaram-se mais oito e o marcado ficou em 11-5. Desde que a Europa Continental entrou na competição em 1979 juntando-se à Grâ-Bretanha-Irlanda, nenhuma equipa vencedora atingiu os 19 pontos, embora a Europa tenha estado perto em 2004, quando venceu 18,5-9,5. 

Na Ryder Cup, há 28 pontos em jogo e a primeira equipa a superar os 14 arrecada o troféu. Em caso de empate, a anterior vencedora fica na posse do mesmo. Ora, isso significa que para este domingo os europeus precisam de fazer nove pontos em 12 possíveis. Ou seja, trata-se de uma missão quase impossível. 

Todos os 12 jogadores da seleção norte-americana já venceram uma partida e conquistaram pelo menos um ponto, enquanto o elemento mais velho, Dustin Johnson, de 37 anos, soma quatro vitórias em quatro encontros. Se ele vencer sua partida individual de hoje, frente ao inglês Paul Casey, juntar-se-á a Arnold Palmer (1967), Gardner Dickinson (1967) e Larry Nelson (1979) no lote dos americanos com um registo de cinco triunfos numa edição.

“Eles estão a jogar com alguma liberdade, estão a divertir-se e portanto está a ser bom de ver”, afirmou o capitão dos EUA, Steve Stricker. “Pessoalmente, pensei que poderíamos ter feito 4-0 (à tarde). Mas conseguir 2-2 manter a vantagem enorme que criámos é muito bom. Espero que possamos terminar o trabalho no domingo.”

JOGOS PARA ESTE DOMINGO 

Xander Schauffele (EUA) vs. Rory McIlroy (Europa) 

Patrick Cantlay (EUA) vs. Shane Lowry (Europa) 

Scottie Scheffler (EUA) vs. Jon Rahm (Europa) 

Bryson DeChambeau (EUA) vs. Sergio Garcia (Europa) 

Collin Morikawa (EUA) vs. Viktor Hovland (Europa) 

Dustin Johnson (EUA) vs. Paul Casey (Europa) 

Brooks Koepka (EUA) vs. Bernd Wiesberger (Europa) 

Tony Finau (EUA) vs. Ian Poulter (Europa) 

Justin Thomas (EUA) vs. Tyrrell Hatton (Europa) 

Harris English (EUA) vs. Lee Westwood (Europa) 

Jordan Spieth (EUA) vs. Tommy Fleetwood (Europa) 

Daniel Berger (EUA) vs. Matt Fitzpatrick (Europa)

 

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