“Bis” de Yaremchuk embala Benfica para sétimo triunfo

Líder do campeonato passa incólume em Guimarães e repõe vantagem de quatro pontos para os rivais FC Porto e Sporting. Minhotos foram vítimas de uma primeira parte apática.

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EPA/HUGO DELGADO

Roman Yaremchuk foi a chave para o pleno do Benfica, que somou, este sábado, em Guimarães, a sétima vitória (1-3) em sete jornadas da I Liga, repondo a diferença de quatro pontos de vantagem para os rivais Sporting e FC Porto na classificação.

O avançado ucraniano bisou na primeira parte (30 e 41') - João Mário selou o triunfo aos 73’, enquanto Bruno Duarte reduziu de penálti aos 78’ -, simplificando a tarefa do líder do campeonato numa deslocação sempre complicada, ainda que ao Vitória minhoto tenha faltado maior capacidade organizativa e a eficácia necessária quando as oportunidades junto da baliza de Vlachodimos surgiram. 

Intocável, o Benfica usou o reforço de confiança conseguido na Liga para oprimir o Vitória, empurrado para o seu meio-campo defensivo e sem soluções para contrariar a maior consistência do jogo encarnado.

As “águias” não tardaram a instalar-se nas cercanias da área vitoriana, embora a essa autoridade não correspondessem situações reais de golo, apesar do inconformismo de Darwin Núñez.

Anacronicamente, mesmo não conseguindo manter a bola de forma a ligar os sectores e partir para o ataque em posse organizada, a formação minhota lograva, através de rasgos individuais ou da velocidade de Sacko, criar as primeiras oportunidades da tarde, com Óscar Estupiñan a mostrar-se na área de Vlachodimos, obrigando Otamendi a endurecer a marcação ao colombiano.

O Benfica iniciava, então, um período de maior pressão que iria expor as fragilidades defensivas do adversário, cuja única esperança parecia residir nas acções de Marcus Edwards e no poder de choque de Estupiñan, demasiado curto para criar problemas mais sérios ao sector defensivo dos líderes do campeonato.

Assim, de um erro defensivo, a bola saiu dos pés de Vertonghen para despertar a veia goleadora de Yaremchuck. O ucraniano não perdoou, provocando o início de uma fase de absoluto descontrolo do Vitória. Os últimos 15 minutos da primeira parte foram penosos para os locais, com Yaremchuk a bisar, assistido por Rafa Silva, após erro de Borevkovic.

O internacional ucraniano poderia mesmo ter conseguido o hat-trick um par de minutos depois, com Darwin Núñez a desperdiçar nova ocasião para arrumar a questão e convidar Jorge Jesus a iniciar a operação Barcelona, na Liga dos Campeões.

Na inversa, o Benfica deixava a porta aberta à reacção vitoriana, o que podia ter provocado uma corrente de ar perversa caso Marcus Edwards tivesse tido a calma necessária para relançar o jogo em dois momentos flagrantes logo a abrir a segunda parte: o extremo inglês falhou, sem oposição, um remate à entrada da área e, pior, esbanjou, isolado, o lance mais flagrante depois de um erro de Lucas Veríssimo. A diferença esteve precisamente na eficácia que o Benfica teve quando o adversário falhou e que o Vitória não foi capaz de retribuir na hora de aceitar os brindes.

Até final, o jogo apenas acentuou a incapacidade da equipa de Pepa para obrigar o Benfica a sofrer, o que João Mário evitou com o terceiro golo (73'), numa transição rápida conduzida por Rafa, a dar a machadada final nas aspirações da formação de Guimarães, que chegou ao golo de honra num penálti de Lucas Veríssimo sobre Rochinha. 

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