Daan Huizing líder recordista no Open de Portugal

Holandês fez 63 pancadas no arranque em Royal Óbidos; Pedro Figueiredo e Miguel Gaspar no top-25

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O líder holandês Daan Huizing duranta a primeira volta em Royal Óbidos © Ramiro de Jesus

Pedro Figueiredo e Miguel Gaspar integram o top-25 do 59.º Open de Portugal at Royal Óbidos após a primeira volta, realizada, num dia em que o campo desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros beneficiou de um novo recorde, fixado pelo holandês Daan Huizing, em 63 pancadas, 9 abaixo do Par. 

Há um ano, quando o torneio da Federação Portuguesa de Golfe se transferiu para o Royal Óbidos Spa & Golf Resort, a primeira volta foi histórica por ter colocado um português na liderança, Vítor Lopes, com 65 pancadas, 7 abaixo do Par. Esse recorde do campo durou pouco tempo, uma vez que, dois dias depois, o canadiano Aaron Cockerill disparou 64 pancadas (-8), um resultado igualado na última volta de 2020 pelo inglês Jonathan Thomson. 

Esse recorde foi agora superado por Daan Huizing, dos Países Baixos, que conquistou este ano, em maio, o seu terceiro título de carreira no Challenge Tour, no Irish Challenge. Depois disso, fez mais quatro top-20 em eventos da segunda divisão europeia, razão pela qual ocupa a 15.ª posição na Corrida para Maiorca. Um excelente resultado no Open de Portugal irá garantir-lhe a subida, em 2022, ao European Tour, a primeira divisão europeia. 

“Claro que penso muito nisso e tenho falado sobre o assunto. Quero garantir essa promoção o mais rapidamente possível, mas quando estamos no campo não podemos pensar nisso e há que ser capaz de concentrar-me no jogo”, disse o jogador de 30 anos ao Gabinete de Imprensa do Challenge Tour. Minutos antes, em declarações à SportTV, recusara entrar em delírios com o título: “Nada disso, faltam ainda três voltas e há muito golfe pela frente.” 

Foi exatamente essa a reação de Miguel Gaspar, um jogador que amanhã poderá passar o cut de um torneio do Challenge Tour pela sexta vez na sua carreira, mas que nunca o fez em eventos do Challenge ou do European Tour realizados em Portugal: nem no Open de Portugal, no Madeira Islands Open BPI ou no Portugal Masters. 

“As contas fazem-se só no fim. Como em qualquer desporto não é como se começa, mas como se acaba. Claro que é uma boa volta e jogar abaixo do Par nestas condições ventosas é sempre bom”, sublinhou o jogador do Belas Clube de Campo, que fez a sua terceira volta seguida abaixo do Par, depois de ter ganho há menos de duas semanas o 4.º Torneio do Circuito da FPG no Ribagolfe Oaks, com -10. 

No entanto, o jogador que este ano já fez um top-20 no Alps Tour (terceira divisão europeia), mas ainda não passou qualquer cut no Challenge Tour em 2021, admitiu que está no bom caminho de fazer algo de especial esta semana: “Foi o dia em que bati melhor em toda a minha vida e sinto que foi um bom resultado para começar.” 

Um dos melhores amigos de Miguel Gaspar é Pedro Figueiredo e é curioso que “Figgy” tenha sido o outro português a integrar o grupo dos 24.º classificados com 70 (-2). 

O atleta do Sport Lisboa e Benfica é membro do European Tour, a primeira divisão europeia e, estando a jogar num evento de um escalão inferior, sente-se mais solto para boas exibições e mostrou-se sólido, com apenas um bogey e três birdies. 

“Tive sempre o jogo sob controlo e espero que continue assim nos próximos três dias. Como sei que este não é o meu circuito, estou a jogar aqui sem nada a perder – aliás, deveríamos jogar sempre assim –, mas confesso que sinto-me um bocadinho mais descontraído a jogar este torneio do Challenge Tour do que em alguns do European Tour”, disse o profissional da Vanguard que este ano alcançou o seu primeiro top-10 na primeira divisão europeia no Scandinavian Mixed. 

Vítor Lopes, que no ano passado, liderou as três primeiras voltas do torneio e terminou em 7.º, também esteve perto de fechar o primeiro dia com 2 pancadas abaixo do Par, mas um duplo-bogey no penúltimo buraco levou-o a integrar o grupo dos 59.º classificados (com 72, a Par do campo), ainda dentro do cut provisório, onde se inserem igualmente Ricardo Melo Gouveia e o amador Vasco Alves. 

Lopes está a jogar doente, com uma síndroma gripal, enquanto Melo Gouveia está algo constipado e ambos sentiram hoje essa limitação. Em contrapartida, o universitário Alves fez uma estreia de sonho em torneios do Challenge Tour. 

Entre o 24.º posto de Figueiredo e Gaspar, e o 59.º de Melo Gouveia, Lopes e Alves, situa-se Tomás Bessa na 40.ª posição, com 71 pancadas, 1 abaixo do Par. Há um ano o profissional da Cigala fez 72 e 74 para passar o cut e está bem posicionado para fazê-lo de novo. 

Estes são os seis portugueses colocados dentro do cut provisório, fixado a Par do campo. Dos 132 participantes, 58 bateram o Par do campo num primeiro dia que se previa tempestuoso, mas em que, afinal, quase não choveu. O vento, moderado, foi aceitável.  

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