Sondagem: Lula venceria presidenciais brasileiras à primeira volta

Novo inquérito está em linha com outro divulgado na semana passada, que também dava uma ampla vantagem ao líder do Partido dos Trabalhadores sobre o actual Presidente, Jair Bolsonaro.

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Lula esteve 580 dias preso e foi libertado em Novembro de 2019 CHRISTOPHE PETIT TESSON/EPA

O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva ganharia as eleições presidenciais à primeira volta se a votação, marcada para Outubro de 2022, fosse realizada hoje, de acordo com uma sondagem de opinião.

Esta sondagem da empresa Ipec está em linha com outra divulgada na semana passada pelo Instituto Datafolha, que também deu uma ampla vantagem ao líder do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre o actual Presidente, Jair Bolsonaro.

A Ipec desenhou dois cenários possíveis para as eleições. No primeiro, ofereceu aos inquiridos uma lista de cinco possíveis candidatos. O favorito seria Lula, com 48% dos votos, seguido por Bolsonaro, que receberia 23% do apoio.

Muito atrás ficaram o líder trabalhista, Ciro Gomes (8%), o governador de São Paulo, João Doria (3%), e o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta (3%).

Esta diferença de mais onze pontos do que todos os seus adversários somados levaria Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, a ser proclamado vencedor logo na primeira volta.

No segundo cenário, a Ipec incluiu dez candidatos. Lula obteria então 45% dos votos, em comparação com 22% para Bolsonaro e 18% para os outros candidatos, incluindo o antigo juiz e ministro Sergio Moro (5%).

Com estas percentagens, o antigo líder sindical estaria dentro da margem de erro, que é de dois pontos, para ganhar também na primeira volta, se as eleições se realizassem hoje.

Lula, que foi autorizado a concorrer após os tribunais terem anulado duas condenações por corrupção, já sugeriu que se candidatará ao cargo em 2022, se o PT assim o desejar.

Bolsonaro também pretende concorrer à reeleição, embora a sua popularidade esteja actualmente no valor mais baixo desde que está no poder.

A taxa de desaprovação do seu Governo atingiu 53%, quatro pontos acima do inquérito divulgado em Junho pela Ipec. Os eleitores que consideram a sua administração “boa” ou “óptima” caíram para 22%, o nível mais baixo registado este ano. Estas percentagens são também semelhantes às da sondagem Datafolha da semana passada.

Os resultados da sondagem Ipec são o resultado de 2002 entrevistas presenciais em 141 municípios de todo o país, realizadas entre 16 e 20 de Setembro.

 
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