Restaurantes e lojas sem limitações no número de clientes

Certificado electrónico covid-19 também deixa de ser obrigatório no acesso a estabelecimentos de restauração e turismo. Máscara obrigatória nas grandes superfícies comerciais.

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Nelson Garrido

Como se esperava, o Conselho de Ministros (CM) levantou esta quinta-feira várias limitações existentes no acesso a estabelecimentos de restauração e do comércio em geral. A partir de 1 de Outubro, deixa de existir qualquer limitação ao número de pessoas dentro dos estabelecimentos de restauração, bem como no número de clientes por grupo.

E as cerimónias de casamentos e baptizados também deixam de ter lotação limitada.

 Numa altura em que o país se aproxima dos 85% de população vacinada, e tal como o PÚBLICO tinha antecipado esta quinta-feira, foi igualmente aprovado o fim da exigência do certificado digital de vacinação ou de teste negativo à covid-19 para aceder ao interior dos restaurantes à sexta-feira à noite e aos fins-de-semana. A prova de vacinação completa ou teste negativo também deixa de ser exigido em estabelecimentos turísticos e de alojamento local.

As restantes lojas comerciais, incluindo supermercados, também deixam de ter limite de pessoas por metro quadrado. Mas nas grandes superfícies comerciais, como centros comerciais, ou hipermercados, há uma limitação que permanece, que é a do uso obrigatório de máscara. Já no interior de pequenos estabelecimentos comercias, fora de grandes centros comerciais, ou no interior dos estabelecimentos de restauração e similares, deixa de ser obrigatório o uso de máscara.

Na terceira fase de desconfinamento também caem as limitações de horários impostas a várias actividades comerciais, retomando, assim, o número de horas de funcionamento que faziam no período anterior à pandemia de covid-19.

APED saúda fim de restrições

A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) está satisfeita com as medidas anunciadas esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, especialmente pelo levantamento do rácio de pessoas por metro quadrado no interior dos espaços comerciais, como super e hipermercados, mas também grandes retalhistas especializados, centros comerciais e outros estabelecimentos. “É uma medida que vai permitir o relançamento da actividade comercial”, disse ao PÚBLICO o seu director-geral, Gonçalo Lobo Xavier.

A medida, que chega a três meses do final do ano, e numa altura em que se aproxima o Natal, época particularmente importante para a generalidade do comércio, “trata-se de medidas importante para a recuperação das empresas e da economia em geral”, sustenta o responsável.

A obrigatoriedade de uso de máscara nas grandes superfícies comerciais é bem aceite. “Não vemos isso como algo prejudicial”, refere Gonçalo Lobo Xavier, destacando a importância da responsabilidade individual para evitar a propagação da doença de covid-19.

Admite, no entanto, que o que fica a faltar, e é aguardado com expectativa, é o arranque de medidas de apoio à capitalização das empresas, à formação de trabalhadores, ou mesmo ao fim das moratórias de crédito para empresas que integram sectores mais afectados pela pandemia. 

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