Monção & Melgaço, conheça os encantos do berço da casta Alvarinho

Os encantos da casta branca mais nobre de Portugal começam no terroir e terminam no copo, num exercício de prazer que nos convida a descobrir mais sobre a sub-região de Monção & Melgaço. Do ponto mais a Norte do país para o mundo, a casta Alvarinho está a conquistar mais e mais apreciadores.

estudio-p,
Fotogaleria
estudio-p,
Fotogaleria

Uma das mais belas regiões do país, o Minho tem fascínios que começam no azul dos rios, que contam histórias milenares e escondem segredos ancestrais, e terminam no verde extasiante das encostas, montanhas e socalcos, numa constante simbiose entre terra, ar e mar.

Esta beleza natural é o berço daquela que é considerada a mais nobre de todas as castas brancas, a casta Alvarinho, que nasce em todo o seu esplendor e plenitude na sub-região de Monção & Melgaço, a mais a Norte das 9 sub-regiões da Região dos Vinhos Verdes. Literalmente nas bocas do mundo, é na sub-região de Monção e Melgaço que a casta Alvarinho se revela e atinge o máximo das suas potencialidades, relevando-se um néctar dos Deuses no copo.

Naturalmente, os vinhos da casta Alvarinho são a principal referência vinícola desta sub-região, tendo alcançado um prestígio assinalável ao longo dos anos devido à sua qualidade e notoriedade assinaláveis. Sobretudo porque reúne consenso: há alguém que não aprecie um belo (e fresco) copo de Alvarinho?

A elevada qualidade do vinho produzidos na sub-região Monção & Melgaço é produto de castas indígenas, cultivadas em variações de solos maioritariamente graníticos, e de um microclima atlântico temperado com influência continental, combinados com experiência enológica de topo.
Fotogaleria
A elevada qualidade do vinho produzidos na sub-região Monção & Melgaço é produto de castas indígenas, cultivadas em variações de solos maioritariamente graníticos, e de um microclima atlântico temperado com influência continental, combinados com experiência enológica de topo.

Alvarinho, uma casta portuguesa com certeza

Os encantos desta casta começam na terra e terminam na boca, sendo a sua história ainda mais deliciosa. Foi na sub-região de Monção e Melgaço (que faz fronteira com Espanha e está a Noroeste da Península Ibérica) que a casta teve origem, e onde iniciou a sua evolução, o que aconteceu mesmo antes da existência de qualquer registo escrito.

Um dos segredos é o microclima da sub-região, que engloba os concelhos vitivinícolas de Monção e Melgaço - vilas com cerca de 700 anos de história. Este local beneficia de um microclima atlântico, temperado de influência continental, caracterizado por Invernos frios e chuvosos, e Verões quentes e secos. Afinal, falamos da Região dos Vinhos Verdes, uma região que é um dos centros de excelência mundial na produção de vinhos brancos de qualidade.

Foto
Com um microclima muito particular, a sub-região de Monção & Melgaço é berço da casta Alvarinho que dá origem a vinhos encorpados, complexos e com grande potencial de guarda. Isto é: perfeitos para celebrar grandes momentos.

As principais características do terroir

O relevo do território é, naturalmente, um dos aspectos mais importantes. A proximidade do Rio Minho e seus principais afluentes induz uma regulação da temperatura que permite que as amplitudes térmicas sejam as perfeitas para a produção de vinhos frescos e aromáticos.

Isto significa que o terroir do Alvarinho se estende por encostas de montanha, ultrapassando os obstáculos do terreno e da altitude, com uma bravura destemida maior. Uma curiosidade? Nas zonas junto ao rio, entre os 50 e os 150 metros de altitude, origina globalmente vinhos com mais fruta e menos acidez, enquanto as zonas na encosta, que podem ir até aos 350 metros de altitude, para a montanha, proporcionam mais mineralidade e frescura, qualidades que são uma tendência no mundo dos vinhos.

O facto de existirem, assim, micro-terroirs dentro da sub-região permite alvarinhos muito distintos. Alvarinhos com barrica, alvarinhos frutados, alvarinhos minerais, alvarinhos com doçura ou mais secos, alvarinhos de vindima tardia ou até licorosos de alvarinho, que têm em comum um enorme potencial de evolução.

Todos eles originam vinhos com um grande potencial de guarda e de envelhecimento em garrafa. Mas se preferir a prova imediata, saiba que a casta acompanha na perfeição pratos de paladares mais fortes como o bacalhau, pratos de carne grelhada ou assada, ou petiscos tipicamente portugueses como os tradicionais enchidos e queijos.

Foto
A casta Alvarinho produz um Vinho Verde branco único e de excelência.

Como reconhecer um Alvarinho?

Sejam amantes, especialistas, conhecedores ou apenas iniciantes, o Alvarinho normalmente reúne unanimidade na sua caracterização e apreciação. De cor intensa, palha, com reflexos citrinos, o Alvarinho apresenta um aroma intenso, distinto e complexo, vai desde o marmelo, pêssego, banana, limão, maracujá e líchia (carácter frutado), a flor de laranjeira e violeta (carácter floral), a avelã e noz (carácter amendoado) e a mel (carácter caramelizado).

Uma casta que tende para o equilíbrio origina um sabor complexo, macio, redondo, harmonioso, encorpado, e persistente e com notas minerais que contribuem para a sua frescura, que é sem dúvida uma das características estrela. Um Vinho Verde perfeito em todas as estações.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários