Armada nacional com 15 jogadores no Open de Portugal

Ricardo Melo Gouveia e Pedro Figueiredo são as principais figuras no Royal Óbidos Spa & Golf Resort

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Ricardo Melo Gouveia parte em busca do seu terceiro título do ano no Challenge Tour © Octávio Passos

Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia lideram o pelotão de 15 jogadores portugueses que a partir de quinta-feira (dia 23) começam a disputar a 59.ª edição do Open de Portugal at Royal Óbidos, o único torneio português inserido em 2021 no European Challenge Tour. 

O Royal Óbidos Spa & Golf Resort recebe, assim, até domingo (dia 26), a segunda maior participação nacional de sempre no torneio da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), que este ano distribui 200 mil euros em prémios monetários. Em 2010, na Penha Longa, também jogaram 15 portugueses e em 2019 houve 18 golfistas nacionais no Morgado Golf Resort. 

A presença de Pedro Figueiredo, que no ano passado alcançou um positivo top-20, é a mais significativa, por tratar-se de um membro do European Tour, a primeira divisão europeia.

“É sempre especial jogar em casa e jogar o Open de Portugal, num campo que conheço bem e onde já joguei bem, que adapta-se bem ao meu jogo. Calhou bem em termos de calendário, porque é uma semana em que não temos torneios do European Tour por coincidir com a Ryder Cup. Para além disso, na semana a seguir joga-se o Alfred Dunhill Links Championship, onde não tenho entrada, pelo que poderei descansar depois do Open de Portugal. São vários factores que fazem com que possa jogar e acho que fica bem da minha parte apoiar o golfe português”, disse Pedro Figueiredo, atleta do Sport Lisboa e Benfica. 

Já a presença de Ricardo Melo Gouveia era expectável, por este ano ser membro do Challenge Tour e, mais do que isso, por ser um dos principais animadores da temporada de 2021 da segunda divisão europeia. 

O atleta olímpico português no Rio2016 é um de dois únicos jogadores que este ano conseguiram somar dois títulos no Challenge Tour, a par do espanhol Santiago Tarrio. Melo Gouveia fê-lo no Italian Challenge em julho e no Made in Esbjerg Challenge (na Dinamarca) em agosto, enquanto Tarrio levantou os troféus do D+D Real Czech Challenge (na República Checa) e no Challenge de España, ambos em Junho. 

Não admira que ocupem as duas primeiras posições da Corrida para Maiorca, o ranking do Challenge Tour, com Tarrio como n.º1 e Melo Gouvia a n.º2, tendo agora o português possibilidades de superar o rival após o torneio português. Recorde-se que, em 2015, o jogador da Quinta do Lago tornou-se no primeiro (e único) português a terminar uma época como o n.º1 do ranking do Challenge Tour. 

Numa altura em que restam cinco torneios para a conclusão da temporada, Ricardo Melo Gouveia tem virtualmente garantida a promoção ao European Tour em 2022, o escalão principal, no qual militou entre 2016 e 2019. No entanto, se lograr vencer um terceiro título do Challenge Tour (e um sexto troféu da carreira) ainda em 2021, a subida ao European Tour será imediata e numa Categoria superior, fazendo com que possa entrar diretamente em mais e melhores torneios em 2022. 

Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia, amigos de infância, que estudaram e competiram ao mesmo tempo em universidades norte-americanas antes de tornarem-se profissionais, perseguem ainda outro recorde importante, o de tornarem-se no primeiro português a vencer o Open de Portugal. O recorde nacional pertence a Filipe Lima, que foi 2.º classificado em 2018 no Morgado Golf Resort. No ano passado, já em Royal Óbidos, “Figgy” foi 18.º com 9 pancadas abaixo do Par, enquanto “Melinho” foi 35.º (-5). 

Dos portugueses que passaram o cut no ano passado, quando o Open veio pela primeira vez ao campo desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros, só Ricardo Santos não regressa. De resto, estarão de volta Stephen Ferreira (que foi 28.º com -7), Tomás Bessa (49.º com -3) e, sobretudo, Vítor Lopes, o grande protagonista em 2020. Sob condições meteorológicas adversas de muito vento e chuva, o algarvio liderava a prova no final das três primeiras voltas e terminou num honroso 7.º lugar, com 13 pancadas abaixo do Par, a sua melhor classificação de sempre em torneios do European Tour. 

Os outros jogadores portugueses que vão competir no 59.º Open de Portugal at Royal Óbidos (para além dos já mencionados Pedro Figueiredo, Ricardo Melo Gouveia, Stephen Ferreira, Tomás Bessa e Vítor Lopes) são os seguintes: Tomás Melo Gouveia, Tomás Silva, Tiago Cruz, Pedro Lencart, Hugo Santos, Miguel Gaspar, Pedro Almeida, Alexandre Abreu, João Girão e Vasco Alves. 

Tomás Melo Gouveia é o atual 3.º classificado na Ordem de Mérito do Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões europeias, tendo ganho este ano o Dreamland Pyramids Classic em Junho. Quando falta apenas um torneio para o final da época desse circuito germânico, está virtualmente promovido ao Challenge Tour em 2022. 

Pedro Lencart é o atual campeão nacional absoluto e tornou-se profissional este ano. Em 2020 ainda competiu em Royal Óbidos como amador. Este ano os amadores são Vasco Alves e João Girão, os 3.º e 4.º melhores amadores no último Campeonato Nacional Absoluto Hyundai. 

Nas últimas semanas, estiveram particularmente em forma Miguel Gaspar, que venceu o 4.º torneio do Circuito da FPG no Ribagolfe Oaks, e Tiago Cruz, que triunfou o Open Pro-Am da Ilha Terceira.

 

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