Scholz ouvido em comissão parlamentar sobre agência contra branqueamento

Apoiantes do partido social-democrata alemão dizem que a polícia foi ao Ministério das Finanças quando poderia simplesmente ter pedido a informação por escrito.

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As sondagens dão ao SPD de Scholz uma vantagem de entre dois a cinco pontos percentuais sobre a CDU/CSU MICHELE TANTUSSI/Reuters

O ministro Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), esteve esta segunda-feira na comissão de Finanças do Parlamento alemão para responder a perguntas sobre uma investigação a uma agência de combate a lavagem de dinheiro.

A oposição pediu a presença de Scholz no Parlamento e o parceiro de coligação do SPD, a CDU, não se opôs a que o ministro das Finanças fosse ouvido na última segunda-feira antes das eleições da Alemanha. As sondagens dão uma vantagem a Scholz de entre dois a cinco pontos percentuais de diferença da CDU/CSU, conforme os institutos.

As questões estavam ligadas a uma investigação à Unidade de Informação Financeira (FIU), que não teria dado seguimento a casos de potencial lavagem de dinheiro depois de ter recebido informações de bancos.

Mas o caso está a ser cada vez mais visto como tendo motivações políticas: a polícia deslocou-se ao ministério de Scholz a 9 de Setembro para obter os nomes de dois funcionários da agência, que tem sede em Colónia, e a troca de e-mails entre a agência e o Ministério em Berlim. Ou seja, informação que facilmente poderia ter sido pedida por escrito.

O SPD queixa-se que ao ter feito “buscas” no Ministério, a polícia deu a impressão de que Scholz poderia estar implicado em alguma irregularidade, quando o ministro não está a ser investigado. A agência é independente, embora supervisionada pelo Ministério das Finanças, explica a emissora alemã Deutsche Welle.

Em 2020, a agência recebeu informação de 144 mil transacções financeiras suspeitas, mas apenas 17% foram encaminhadas para a polícia ou o ministério público. Scholz tem dito, e repetiu de novo ao sair da comissão parlamentar, onde esteve três horas na sessão à porta fechada, que nos últimos anos aumentou a capacidade da agência.

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