Rio apela a portugueses que castiguem Costa por promessa “impossível”

Na campanha de Alexandre Poço, em Oeiras, o líder do PSD pediu que tivessem orgulho em si.

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Rui Rio ao lado de Alexandre Poço numa missão que considerou "difícil" LUSA/JOSÉ COELHO

Dizem os cartazes que “não há missões impossíveis” mas há certamente tarefas difíceis como a do candidato do PSD à Câmara de Oeiras. Num município em que o ex-ministro do PSD goza de aparente larga vantagem, Rui Rio veio falar de outros impossíveis: a promessa de António Costa sobre a viabilização, dentro de três semanas, da maternidade em Coimbra. É “demagógica” e merece penalização dos eleitores, defendeu.

Em jeito de comício, numa intervenção no mercado de Algés, depois de ter acompanhado o líder da JSD e candidato Alexandre Poço no percurso de algumas ruas da freguesia, Rui Rio começou por assumir, nesta quinta-feira, que tinha orgulho do PSD – “nem sempre estamos orgulhosos” –, isto a propósito do discurso do deputado Maló de Abreu, no Parlamento, sobre a transferência da sede do Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra.

Um orgulho que desejava que também sentissem por si, ainda mais por causa da promessa do primeiro-ministro sobre a maternidade em Coimbra, que há muito é reivindicada pela cidade e que já foi um compromisso de António Costa e de Marta Temido quando era candidata a deputada.

“Não queria acreditar que o primeiro-ministro e líder do principal partido na Assembleia da República viesse fazer isto. Tenham também orgulho, eu não faço isso, não posso prometer o que é impossível”, disse, depois de a comitiva ter percorrido algumas ruas, com cânticos e o hino “sou como um rio”, mas onde a receptividade foi muito tímida. O líder social-democrata lançou mesmo um apelo ao eleitorado para que “castigue” esta forma de fazer política no boletim de voto, pois “este caminho desprestigia a política”.

Já sobre o comportamento do PSD nas autárquicas de 26 de Setembro, Rui Rio deixou uma mensagem de confiança, dizendo que o partido se vai “reforçar” e “confirmar” como “um grande partido nacional”.

Perante uma plateia de militantes, sentados em mesas num dos espaços de restauração do mercado, Rui Rio assumiu que em Oeiras o terreno “não é fácil” para o PSD actualmente e que, por isso, apostou num rosto “do futuro” e não do “passado ou do presente” para a candidatura (de que faz parte também o MPT) ao município.

Depois de “milhares de quilómetros para ajudar os candidatos” em todo o país, a paragem no município governado por Isaltino Morais nesta campanha (que ganhou mediatismo pelo seu humor) é de peso: dois vice-presidentes, Isabel Meireles e André Coelho Lima, além de David Justino (candidato à assembleia municipal) e de Joaquim Miranda Sarmento, presidente do CEN. “Todos os que aqui estão, estão a ajudar a tornar possível uma missão que antes parecia ser impossível”, disse o líder social-democrata.

À chegada ao ponto de encontro, junto à estação de Algés, onde era esperado por algumas dezenas de apoiantes e alguns elementos da JSD, Rio recebeu um dos símbolos da campanha: um par de meias cor-de-laranja. Quando é que vai usar?, quiseram saber os jornalistas. “Talvez no dia 26 de Setembro”, gracejou.

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